quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Servidores do Tesouro criticam ajuste fiscal e cortes de despesas com pessoal


Uma comissão de representantes de funcionários do Tesouro Nacional, órgão responsável pela administração das contas públicas, produziu um documento criticando as medidas de ajuste fiscal divulgadas pela equipe econômica na terça-feira (15). Na apresentação, batizada de "Equilíbrio e Coerência Fiscal", os servidores criticam os cortes de despesas com pessoal, como adiamento dos reajustes previstos dos servidores de 2018 para 2019, reestruturação de carreira dos servidores do Executivo e reduções de gastos com ajuda de custo. 

A principal crítica é ao fato de as medidas não se estenderem aos outros poderes. "Deixaram Judiciário e Ministério Público da União de lado, maiores fontes de despesa!", diz trecho do texto. Outro ponto criticado é o fato que os bloqueios no Orçamento vêm atingindo os investimentos e os perdões de dívida em programas como o Refis. "É incoerente fazer Refis e regras de repatriação com multas irrelevantes. Não resolve o problema de curto prazo e prejudica a arrecadação do longo prazo", diz o documento. 

Além disso, os servidores do Tesouro condenam medidas como os descontos nos parcelamentos da contribuição do Funrural (Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural) e a reoneração da folha de pagamentos, medida que deixa de fora alguns setores. "A incoerência da política fiscal do governo (Executivo e Legislativo) decorre da desconsideração em relação à qualidade do gasto na avaliação das despesas e na concessão de benesses a setores específicos", afirma o texto, em uma alusão ao fato de que os militares ficaram de fora do aumento da contribuição previdenciária.

Esses funcionários são os principais responsáveis pelo tremendo crime fiscal praticado pelo regime petista, porque ficaram de boca fechada enquanto as contas públicas eram terrivelmente dilapidadas, o que jogou o País na maior recessão econômica de toda a sua história. Eles não têm moral para abrir a boca.

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