quinta-feira, 24 de agosto de 2017

O neocoronel nordestino Ciro Gomes critca Lula e a esquerda e diz que o PMDB é uma "quadrilha"


Em ritmo de candidato à Presidência da República, o neocoronel nordestino Ciro Gomes (PDT) cumpriu intensa agenda em Porto Alegre nesta quinta-feira. Diante de mais de 700 pessoas, que lotaram o teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa, o presidenciável criticou políticos de todo espectro ideológico. “Eu tenho um probleminha com o PMDB. Não é mais um partido político, é uma quadrilha”, disse, por exemplo, sobre o partido do presidente Michel Temer. Sobre o PT, Ciro Gomes criticou a incoerência dos deputados do partido por terem votado em Rodrigo Maia (DEM) para a presidência da Câmara após o impeachment de Dilma Rousseff. O ex-governador do Ceará também não perdoou a proximidade de Lula com o senador Renan Calheiros (PMDB)-AL, que recepcionou em Alagoas, nesta semana, o ex-presidente, que faz uma turnê pelo Nordeste. 

“Assim não dá”, disse sobre as “companhias” do PT. “Não mudamos de lado, mas assim não dá. Vou ter que pedir para votarem nele [ Lula] e ficar explicando as cagadas que eles fazem diariamente?”, disse, deixando claro que não haverá nenhuma aliança com os petistas na corrida presidencial de 2018. Para o neocoronel nordestino, com certeza, o Mensalão do PT e o Petrolão do PT são coisas menores. 

Ciro afirmou também que falta humildade a setores da esquerda, que reclamam da baixa mobilização popular contra as medidas de Temer, como a reforma da Previdência. “Precisamos entender por que o povo está catatônico. Há setores da esquerda rancorosos com a população, que não atende à convocação para protestos. Tem que ter humildade para entender o pensar do povo sobre esses assuntos”, disse. O pré-candidato criticou o teto de gastos públicos pelos próximos vinte anos – proposta enviada por Temer e aprovada pelo Congresso – e defende que é possível fazer a receita do País crescer com mais investimentos ao invés de fazer cortes no orçamento. 

A fala do pedetista ocorreu durante a 1ª Jornada em Defesa do Serviço Público, promovida pela deputada estadual Juliana Brizola (PDT), que é neta do ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, e faz oposição ao governador José Ivo Sartori (PMDB) no Legislativo. “O PDT voltou a sonhar”, disse a deputada sobre a perspectiva da candidatura de Ciro pelo partido à Presidência da República. Juliana Brizola é mais um dos zumbis gerados pelas famílias Brizola e Goulart. Ela se rende completamente aos corporativismos estatais que faliram o Rio Grande do Sul. 

Assim como Ciro Gomes, a deputada também criticou o pacote de privatização anunciado pelo governo federal, que inclui a Eletrobrás. “Qual país sério pensa em vender sua energia? Vender para quê? Para comprar quantos deputados que vão tirar os nossos direitos?”, questionou. A lógica dela e dos trabalhista é uma lógica pervertida, no entender dessa gente o Estado deve intervir sempre na economia. Claro, é só isso que garante os populismo desastrosos de esquerda.

O presidente nacional do PDT, o ex-ministro Carlos Lupi, foi enfático ao criticar as privatizações. “Se tem uma coisa que tem que ser privada, literalmente ir à privada, é Michel Temer. Vá para a privada que o povo brasileiro está cansado de você”, disseo ex-dono de banca de jornais de Copacabana, que fornecia publicações no apartamento de Leonel Brizola todos os dias e acabou herdando o partido, do qual é hoje proprietário. Esse senhor está na Lista da Odebrecht. 
 
 
Ciro Gomes almoçou com apoiadores, caminhou pelo centro de Porto Alegre em ato de homenagem ao ex-presidente Getúlio Vargas e palestrou na Assembleia Legislativa. Após o evento, o pedetista se deslocou de metrô até a cidade de São Leopoldo, na região metropolitana, onde falou para estudantes na esquerdóide Unisinos, principal universidade do Vale dos Sinos.

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