terça-feira, 15 de agosto de 2017

Justiça rejeita ação de improbidade contra governador paranaense Beto Richa

A Justiça Estadual do Paraná rejeitou, na sexta-feira (11), a ação de improbidade administrativa contra o governador Beto Richa (PSDB), e outras cinco pessoas na operação policial que deixou quase 200 feridos durante manifestação contra o governo, em abril de 2015. Na decisão, a juíza Patricia de Almeida Gomes Bergonse ainda responsabilizou os manifestantes pelo confronto, por desacato às ordens estabelecidas em reunião com a Polícia Militar. 

"Após parte dos manifestantes romper os gradis de contenção, não poderia se esperar outra conduta dos policiais que não podiam permitir a ocupação do Legislativo, por mais relevantes que fossem as reivindicações expostas pelos manifestantes", escreveu Bergonse. 

Na época, bombas de gás e balas de borracha foram disparadas por duas horas ininterruptas contra cerca de 30 mil manifestantes, que protestavam contra a votação de medidas na Assembleia Legislativa. Parte deles avançou contra grades de proteção que cercavam o prédio, o que deu início ao confronto. 

Para a juíza, os atos policiais foram justificados e de "conformidade com as regras técnicas", e procuravam cumprir ordem de interdito proibitório da Assembléia. Bergonse cita um parecer do Ministério Público, em Inquérito Policial Militar que investigou a operação e inocentou os comandantes de responsabilidade. No documento, os promotores afirmam que houve "inexistência de excesso doloso ou culposo, pois a supra referida força policial militar agiu nos limites do estrito cumprimento do dever legal, bem como, em defesa própria e difusa da integridade pessoal e patrimonial". 

Além de Richa, foram eximidos de responsabilidade o então secretário da Segurança Pública, deputado federal Fernando Francischini (SD-PR); o ex-comandante-geral da PM, Cesar Vinicius Kogut; e os comandantes coronel Nerino Mariano de Brito (subcomandante da PM), coronel Arildo Luiz Dias (chefe da operação) e o tenente-coronel Hudson Teixeira (comandante do Bope).

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