quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Concedida prisão domiciliar para chefete comuno-peronista argentina Milagro Sala

A Justiça argentina concedeu nesta quarta-feira a prisão domiciliar para a chefete comuno-peronista Milagro Sala, presa desde janeiro de 2016 e cuja libertação foi solicitada pela esquerdopata Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Foi ditada uma prisão domiciliar em um imóvel da organização social Tupac Amaru nos arredores da capital de Jujuy, que ela dirigia e que é acusada de corrupção em alta escala. Trata-se de uma mansão abandonada. A defesa desta chefete ligada ao kirchnerismo objetou as condições de prisão domiciliar porque foi disposta para uma casa que descrevem como "inabitável". Além disso, é ordenado que seja custodiada pela Gendarmeria Nacional, polícia da fronteira de caráter federal na Argentina e que o governo costuma usar como apoio em questões de segurança.

A advogada de defesa, Elizabeth Gómez Alcorta, disse que "a casa não tem luz nem água, está absolutamente saqueada, e não tem nem janelas". "Vão colocá-la em uma custódia que está proibida e que é das forças federais, todas são irregularidades e ilegalidades. Mas nas condições que Milagro está hoje, aceita isso e depois discutiremos", disse quando ainda não havia sido efetivada a transferência de Sala. Sala, uma chefete indígena de 53 anos, está presa em Jujuy. Enfrenta acusações por ameaças e malversação de fundos públicos por meio de cooperativas da organização Tupac Amaru durante os governos de Néstor e Cristina Kirchner.

Ativista do projeto kirchnerista, Sala enfrenta o governador de Jujuy, Gerardo Morales, dirigente de alto escalão radical promotor de causas contra ela e aliado do presidente Mauricio Macri. Segundo a ordem judicial desta quarta-feira, Sala deverá ser submetida a controles médicos e psicológicos a cada 30 dias e não poderá ser visitada por mais de sete pessoas a cada vez, excetuando-se familiares, e em horário restrito.

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