quarta-feira, 5 de julho de 2017

Conselho de Ética vai fazer o óbvio, arquivar o pedido de cassação do mandato de Aécio Neves


O Conselho de Ética do Senado deve arquivar nesta quinta-feira (6) uma representação contra Aécio Neves (PSDB-MG) por quebra de decoro parlamentar. Uma articulação entre o PSDB e o PMDB pretendia adiar a análise de um recurso que pode reabrir o processo contra o tucano. Pela conta de senadores dos dois partidos, o processo deve ser arquivado com apenas cinco votos pela reabertura.

Contudo, os partidos decidiram que "não se pode deixar Aécio na chuva" e o caso deve ser encerrado nesta quinta-feira. A mudança de planos ocorreu depois do retorno de Aécio Neves ao Senado Federal na terça-feira (4). O tucano, que passou 46 dias longe das atividades políticas, teve a decisão de seu afastamento revista pelo Supremo Tribunal Federal na última semana.

A representação de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi arquivada no mês passado pelo presidente do colegiado, João Alberto Souza (PMDB-MA) por "ausência de provas". Randolfe, com apoio de cinco senadores, recorreu da decisão por meio do recurso que será avaliado nesta quinta-feira. Se aceito por maioria dos integrantes, o processo seria automaticamente reaberto.

A acusação contra o senador tucano tem como base a delação do grupo J&F e gravação feita pelo empresário bucaneiro caipira Joesley Batista em que Aécio Neves é flagrado pedindo R$ 2 milhões, além de comentar iniciativas para tentar frear o desenvolvimento da Operação Lava Jato.

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