quarta-feira, 12 de julho de 2017

Advogados reafirmam inocência de Lula e atacam Moro: "Juiz perdeu a imparcialidade"


Em entrevista coletiva concedida na noite desta quarta-feira, Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Zanin Martins, advogados do chefão da organização criminosa petista Lula, criticaram a sentença dada pelo juiz Sergio Moro, que condenou o ex-presidente a nove anos e seis meses de prisão. Segundo eles, Moro fez um julgamento político do caso. "O processo era uma mera formalidade para uma condenação que já havia sido antecipada por esse magistrado de Curitiba. Ele usou o processo para perseguição política. A sentença materializa o lawfare (o uso da lei para fins políticos) que havíamos falado", afirmou Cristiano. O advogado criticou o fato de Moro ter apresentado uma sentença de 962 parágrafos com "apenas cinco para a prova que a defesa fez sobre a inocência de Lula": "A sentença dedicou mais de 20 parágrafos para transcrever o depoimento do senhor Léo Pinheiro (dono da OAS), um delator informal que não tinha compromisso com a verdade, mas, sim de conseguir um acordo".

Segundo o advogado, Moro não poderia ter sido o julgador. A sentença, ressaltou, cita as tentativas da defesa de tirar o processo da mão do magistrado. Perguntado sobre essas tentativas e se estudaria mudar o foco na ação recursal, o advogado foi taxativo: "Nossa estratégia não foi só entrar em conflito com o juiz. Nossa estratégia foi levar provas da inocência do ex-presidente Lula. O que também fizemos ao longo do processo foi usar os mecanismos legais para impugnar atos de um juiz que havia perdido a imparcialidade para realizar o julgamento. Em alguma instância recursal, nossas provas serão reconhecidas". 

Os advogados também destacaram que os demais delatores ouvidos e que negaram participação de Lula na escolha dos diretores da Petrobras ou em ilegalidades não foram levados em conta, apenas o de Léo Pinheiro.

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