terça-feira, 6 de junho de 2017

STJ manda quebrar o sigilo telefônico do governador catarinense Raimundo Colombo, pelas propinas da Odebrecht

O Superior Tribunal de Justiça autorizou a quebra de sigilo telefônico do governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo. A autorização é referente a investigação sobre um pedido de contribuição de R$ 2 milhões em caixa 2 para campanha ao governo do Estado, conforme delação de ex-executivos da Odebrecht. O ministro Luis Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça, declarou que a quebra do sigilo telefônico dos investigados se tornou essencial para que se possa “identificar eventual comunicação entre os agentes e a confirmação de sua localização nas datas e períodos apontados”. O ex-diretor da Odebrecht Ambiental, Fernando Cunha Reis, afirmou que foi apresentado a Raimundo Colombo, na época senador, em um jantar no apartamento de Ênio Branco, atual diretor da Celesc, em 2010. Disse que, no mesmo ano, Colombo pediu R$ 2 milhões em contribuição de campanha não contabilizada, em um encontro na sala VIP do Aeroporto de Congonhas. O delator confirmou que Colombo recebeu o codinome Ovo na operacionalização do pagamento por parte da Odebrecht. A quebra é referente ao período de 2012 a 2015. 


Por meio de sua assessoria de imprensa, o governador Raimundo Colombo disse que "apoia totalmente a decisão". "É uma forma de esclarecer todos os fatos", afirmou o governador. Conforme o STJ, a quebra do sigilo é válida pelo período de 1º de junho de 2012 a 28 de fevereiro de 2015. Além do governador, o ex-secretário da Fazenda, Antônio Gavazzoni, e o ex-secretário de Comunicação, Ênio Branco, terão o sigilo quebrado no mesmo período, informou o STJ. Os executivos Fernando Reis e Paulo Roberto Welzel, da Odebrecht, delatores do repasse ilegal, também tiveram quebra de sigilo autorizada. O ex-diretor da Odebrecht Ambiental, Fernando Cunha Reis, afirmou que, em agosto de 2012, Colombo convocou o convocou para uma reunião no gabinete do Centro Administrativo do Governo do Estado, na SC 401, na qual expôs a necessidade de eleger o prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Junior (PSD). Para tanto, disse que o próprio governador pediu R$ 3 milhões em contribuição não contabilizada. Qual a necessidade da eleição da inutilidade Cesar Souza Junior é algo até hoje misterioso. Ele foi tão incompetente que nem concorreu à sua própria reeleição, e ainda deixou uma prefeitura falida para seu sucessor Gean Loureiro. Ou seja, tudo indica que Raymundo Colombo só montava o seu xadrezinho particular visando sua eleição para o Senado Federal, algo que agora está bem mais distante. Em dezembro de 2013, segundo a delação, o governador convidou o ex-executivo para um almoço privado no Palácio da Agronômica, explicou que não tinha conseguido viabilizar as privatizações, mas disse que faria no segundo mandato e pediu R$ 5 milhões, apresentando José Carlos Oneda como o responsável pela arrecadação da campanha. Oneda é o atual diretor de finanças e relações com Investidores da Celesc. Em agosto de 2014, o ex-diretor da Odebrecht disse que encontrou o atual Secretário de Estado da Fazenda, Antonio Marcos Gavazzoni, e que pediu R$ 2 milhões em contribuições não contabilizadas para a reta final da campanha. O encontro foi em um restaurante da capital. No depoimento ao Ministério Público Federal, Fernando Cunha Reis disse que perguntou a Gavazzoni se o governador sabia do pedido, e ele confirmou que sim. Segundo o delator, o responsável por receber o valor foi André Agostini Moreno, indicado como primo do governador. Em sua delação, o ex-diretor da divisão sul da Odebrecht, Paulo Roberto Welzel, confirmou as denúncias do superior hierárquico Fernando Cunha Reis. Ele também fala sobre a reunião na sala VIP do Aeroporto de Congonhas, onde Raimundo Colombo teria pedido R$ 2 milhões. Como atuava diretamente na região Sul, ressaltou ter participado de reuniões na SC parcerias com o objetivo de tratar da venda de ativos da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan). Em uma dessas reuniões, tomou conhecimento do encaminhamento de um projeto de lei, encaminhado pelo governo, para mudar a constituição estadual e facilitar a privatização. Disse que durante essas negociações, em 2012, conheceu o senador Dalírio Beber (PSDB), que então era presidente da Casan. Paulo Welzel relata ainda que em 2014 recebeu do secretário da Fazenda, Antonio Gavazzoni, o pedido de contribuição para a campanha de dois candidatos a deputado estadual. Segundo o delator, eram R$ 500 mil para Gelson Merísio (PSD) e outros R$ 500 mil para José Nei Ascari (PSD). 

3 comentários:

shamijacobus disse...

Vitor
Conheci ENIO Andrade BRANCO desde priscas eras.
Colado nos BORNHAUSENS,sempre esteve em tetas gordas.
Foi candidato a prefeito de FLORIPA,adquiriu enormes posses com os "salários" da CASAN,CELESC,TELESC,Terminal Rita Maria e outros feudos de estado,etc
Salvo engano ele é lageano também além de advogado formado em Curitiba.
abraços

shamijacobus disse...

Vitor
Se pegarem o ENIO BRANCO pegam Colombo,Bornhouses,AMIM,ETC
Ele mexia com a grana..
abraços

shamijacobus disse...

Vitor.
Esta famíglia Berger tem futuro..
Em presidente BERNARDES,PAPUDA,etc..