terça-feira, 20 de junho de 2017

STF concede prisão domiciliar a irmã, primo e suspeito de ser operador de Aécio Neves


A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu nesta terça-feira (20) conceder prisão domiciliar a três pessoas ligadas ao senador afastado Aécio Neves (PSDB). Por decisão dos ministros do Supremo, Andrea Neves (irmã de Aécio), Frederico Pacheco (primo) e o ex-assessor parlamentar Mendherson Souza Lima — apontado como operador de propina do tucano — deverão usar tornozeleira eletrônica. Antes de ser preso de forma preventiva, Mendherson, que era contratado pelo gabinete do senador Zezé Perrella (PMDB-MG), admitiu ter levado R$ 480 mil em espécie para a casa da sogra dele. O dinheiro seria parte de um pagamento irregular de R$ 2 milhões da JBS a Aécio Neves. O julgamento desta terça-feira (20) foi o primeiro dos casos envolvendo Aécio Neves. 

No entanto, após a defesa do senador apresentar um pedido para que seus recursos fossem analisados diretamente pelo plenário do STF, e não pela Primeira Turma, o ministro Marco Aurélio Mello sugeriu que os pleitos que tratam especificamente de Aécio Neves fossem julgados em outra oportunidade. Os demais membros do colegiado concordaram com a sugestão de Marco Aurélio, e a sessão foi encerrada por volta das 17 horas. Ainda não há data prevista para que o tema volte a ser analisado pelo Supremo.

A prisão e o afastamento de Aécio Neves foram pedidos, segundo a Procuradoria Geral da República, para evitar que o parlamentar tucano atrapalhe as investigações nas quais já foi acusado pelos crimes de corrupção passiva e obstrução de Justiça.

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