terça-feira, 27 de junho de 2017

Sartori tentará votar nesta terça-feira projetos do pacote de ajuste fiscal, é mais uma tentativa de mentirinha, todo mundo sabe disso


O muito incompetente governo do peemedebista José Ivo Sartori, no Rio Grande do Sul, chega ao fim dos primeiros seis meses de 2017, faltando um ano e meio da conclusão do mandato, com uma coleção de derrotas. Ele não conseguiu assegurar o socorro financeiro da União nem concluir a extinção de seis fundações estaduais. Também não teve votos suficientes para aprovar os projetos remanescentes do pacote de ajuste fiscal, que devem voltar ao plenário nesta terça-feira, na derradeira tentativa de zerar a pauta até o recesso parlamentar. Aliados de Sartori evitam falar em "semestre perdido"  (na verdade são quase três anos perdidos de governo) e destacam anúncios recentes nas áreas de segurança e educação, o que é pura ficção. "Foi um primeiro semestre pouquíssimo produtivo. O governo não teve apoio na Assembleia e ficou muito tempo girando em torno de assuntos que não avançaram. Andou em círculos. Agora, precisa ter foco e acelerar o passo para ver se ainda dá para fazer alguma coisa em 2017, porque 2018 é ano eleitoral. Tudo fica mais difícil", avalia Celso Bernardi, presidente estadual do PP.

Aposta do Piratini para voltar a pagar salários em dia, o acordo com a União é a principal fonte de preocupação para Bernardi e os demais apoiadores de Sartori. Em janeiro, a expectativa da Secretaria da Fazenda era aderir ao regime de recuperação fiscal até maio, mas o auxílio foi condicionado à venda de estatais, e a situação se complicou. Hoje, a adesão está indefinida. Quanto ao fechamento de seis fundações e da Companhia Rio-Grandense de Artes Gráficas, decisões judiciais postergaram os planos do Piratini de concluir o semestre levando a cabo a redução do Estado. O processo deveria estar concluído em julho, com a demissão de cerca de 800 servidores, mas passou a ser mediado pela Justiça do Trabalho, e as audiências estão longe do fim.

Outro revés de Sartori nos últimos seis meses foi a fragmentação da base aliada. Desde dezembro, quando garantiu a aprovação de 14 dos 15 textos levados à votação, a articulação política falha. A principal perda foi a deserção do PDT, que se prepara para lançar candidato próprio ao Piratini em 2018. Sem votos suficientes, o governo protelou, semana após semana, a votação do pacote. Até o início de junho, não conseguiu aprovar nenhum projeto de impacto. A emenda à Constituição que dispensaria plebiscito para privatizar CEEE, Sulgás e Companhia Riograndense de Mineração (CRM) acabou arquivada, e as pretensões do Piratini de ouvir a população sobre o assunto ainda neste ano naufragaram. Ainda assim, o líder do governo na Assembleia, Gabriel Souza (PMDB), diz ver na derrota uma vitória:

Na verdade, essa é a especialidade de José Ivo Sartori, Ele coleciona todos esses desastres para, no próximo ano, em campanha eleitoral pela reeleição, dizer que não conseguiu tirar o Estado da situação falimentar porque a oposição não deixou. O negócio de Sartori é apenas fazer turismo com tudo pago pelo contribuinte. 

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