sexta-feira, 2 de junho de 2017

Polícia identifica suspeito de enviar ao Rio de Janeiro fuzis apreendidos em aeroporto


A Polícia Civil identificou o homem suspeito de ter enviado para o Rio de Janeiro os 60 fuzis apreendidos na última quinta-feira (1º), na maior apreensão do armamento no Estado em dez anos. Frederik Barbieri é brasileiro, mas vive nos Estados Unidos, onde tem uma empresa de fachada em Miami. A polícia americana ainda tenta encontrá-lo. Quatro outros homens estão presos temporariamente no Rio de Janeiro suspeitos de envolvimento no crime. Dois receberiam a carga, um iria transportá-la e outro é um despachante aduaneiro credenciado, que iria cuidar dos trâmites legais do conteúdo. Os 60 fuzis de guerra foram apreendidos no Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (zona norte). As armas AK 47, G3 e AR 10 estavam dentro de oito aquecedores de piscina, e iriam para a Baixada Fluminense, mas a polícia não especificou o local. A carga é avaliada em R$ 4,8 milhões. A apreensão representa 43% de todos os fuzis apreendidos entre janeiro e abril de 2017 – dado mais recente do ISP (Instituto de Segurança Pública). Foram apreendidos 139 fuzis no Estado. Em todo ano de 2016 foram 371. O carregamento apreendido não havia passado pelo raio-x do aeroporto e iria entrar na cidade, não fosse a investigação da polícia, que começou há dois anos, a partir da morte de um policial militar em São Gonçalo. O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Roberto Sá, ressaltou o trabalho de inteligência da Civil e lembrou que os fuzis são as armais mais usadas por traficantes. "No Rio, traficante só tira onda de machão por causa de fuzil. Antes, apreendíamos um fuzil por dia, e agora em 2017, já são mais de um por dia", afirmou.

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