quinta-feira, 15 de junho de 2017

Nathalie Kosciusko-Morizet, ex-ministra francesa, é agredida e perde a consciência durante campanha eleitoral


A ex-ministra francesa da Ecologia e candidata republicana a deputada, Nathalie Kosciusko-Morizet, de 44 anos, foi agredida nesta quinta-feira (15) por um homem quando fazia campanha nas ruas de Paris. Ela caiu, bateu a cabeça no chão e perdeu a consciência por alguns minutos. Nathalie Kosciusko-Morizet distribuía panfletos no 5º distrito da capital francesa quando um homem de aproximadamente 50 anos se aproximou, arrancou os panfletos de sua mão e os jogou em seu rosto. O homem também insultou verbalmente a ex-ministra. Ao retomar a consciência, a candidata foi levada ao hospital. O agressor fugiu e promotores investigam o caso. Nathalie Kosciusko-Morizet fazia campanha para o segundo turno das eleições legislativas na França, que acontecem no domigo (18). A ex-ministra e porta-voz do ex-presidente da França, Nicolás Sarkozy, enfrenta em sua região o candidato Gilles le Gendre, apoiado pelo atual presidente francês, Emmanuel Macron, do República em Frente!.


Testemunhas ouviram o agressor dizendo a candidata que era culpa dela que Anne Hidalgo é prefeita de Paris, referindo-se a derrota de Nathalie na disputa da prefeitura da capital francesa em 2014. O candidato rival de Nathalie suspendeu sua campanha, e políticos tanto de direita quanto de esquerda criticaram o ataque. "A violência não tem lugar em uma campanha eleitoral", tuitou a líder da direita, Marine Le Pen. A vitória esmagadora da República em Marcha, legenda do presidente Emmanuel Macron, no primeiro turno das eleições legislativas francesas aponta para um grupo parlamentar gigantesco do partido governista, com cerca de 450 deputados num total de 577. O partido de Macron — que sequer existia há um ano — acaba de de provocar um terremoto político na França, seguro de obter uma maioria na próxima Câmara de Deputados. Emmanuel Macron conseguiu acabar com o velho sistema de partilha de poder entre a esquerda e a direita, criando uma força híbrida no centro capaz de aceitar elementos moderados de todos os horizontes. As legislativas ocorrem em dois turnos. Cada circunscrição representa 125 mil pessoas. Se nenhum candidato superar 50% dos votos no primeiro turno, a disputa passa para o segundo, em que se classificam os dois primeiros. Macron ainda tem que lidar com a abstenção recorde, de 51,29%, o que pode afetar sua legitimidade para governar. 

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