quinta-feira, 1 de junho de 2017

Ministério Público Federal diz que bilionário de papel piramista Eike Batista pode cometer crimes e pede a sua volta à prisão


O Ministério Público Federal emitiu parecer ao Superior Tribunal de Justiça defendendo o retorno do piramista bilionário de papel Eike Batista à prisão. Segundo a subprocuradora-geral Luiza Frischeisen, o empresário pode agir de forma criminosa se não estiver na cadeia. Ele é réu na Justiça Federal do Rio de Janeiro por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. No documento, a subprocuradora afirma que, em liberdade, o piramista bilionário de papel Eike Batista “poderá colocar em risco a ordem pública e a instrução criminal, dando continuidade aos crimes praticados pela organização criminosa, especialmente quanto à ocultação dos bens e valores obtidos com a prática do crime de corrupção”. O empresário foi preso no fim na Operação Eficiência, um desdobramento da Lava Jato, mas foi solto no final de abril por decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. No dia seguinte, o juiz federal de plantão, Gustavo Arruda Macedo, do 16º Juizado Especial Federal do Rio de Janeiro, determinou a prisão domiciliar de Eike Batista. O parecer se refere ao habeas corpus que busca a suspensão da prisão preventiva de Eike Batista, decretada pela 7ª Vara Federal Criminal no Rio de Janeiro, e está pendente de julgamento no Superior Tribunal de Justiça. Segundo as investigações, o piramista bilionário de papel Eike Batista teria repassado US$ 16,5 milhões em propina ao então governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), por meio de contratos irregulares com o escritório de advocacia da mulher de Sérgio Cabral, a Garota do Leblon, Adriana Ancelmo, chamada por ele de "Riqueza", e de uma ação fraudulenta que simulava a venda de uma mina de ouro, por intermédio de um banco no Panamá. Em depoimento na Polícia Federal, o piramista bilionário de papel Eike Batista confirmou o pagamento para tentar conseguir vantagens para as empresas do grupo EBX, presididas por ele.

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