segunda-feira, 5 de junho de 2017

Líderes políticos pedem que Odebrecht seja expulsa do Equador


Líderes da Aliança País, partido do presidente do Equador, o socialista Lenín Moreno, exigiram nesta segunda-feira (5) medidas imediatas para expulsar a Odebrecht do país. "Seremos firmes no combate à corrupção, na luta contra a impunidade e no fortalecimento de uma gestão pública transparente, ética e responsável", diz a declaração, lida por parlamentares do partido na Assembleia Nacional. Em uma coletiva de imprensa convocada pelos presidentes e vice-presidentes das comissões legislativas do Parlamento equatoriano, os líderes do Aliança País condenaram o comportamento da empresa brasileira "e suas práticas ilícitas transnacionais de pagamentos de subornos ao redor do mundo", conforme o texto divulgado, que exige a expulsão da construtora do Equador, assim como de seus diretores e representantes no país. Os parlamentares também exigem da Promotoria celeridade nas investigações iniciadas e a abertura de processos contra os envolvidos no esquema de corrupção. Na sexta-feira, as autoridades do país prenderam seis pessoas em uma série de operações ligadas ao caso. Um dos detidos é o tio do atual vice-presidente do Equador, Jorge Glas. Esse partido e esse presidente, essas lideranças, fazem parte do Foro de São Paulo, e a Odebrecht foi a principal financiadora mundial dos planos do Foro de São Paulo. Também foi uma aberta uma investigação contra Carlos Pólit, que chefia a Controladoria Geral do Estado, para quem o presidente da Assembleia Nacional do Equador, José Serrano, pediu um "julgamento político". A casa de Pólit foi revistada pelos agentes, mas ele está fora do país por razões médicas. O documento governista também propõe a criação de uma comissão multipartidária da Assembleia Nacional para visitar o Brasil e os Estados Unidos em busca de informações diretas das autoridades competentes dos dois países.

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