domingo, 11 de junho de 2017

Janot reforça pedido de prisão de Aécio Neves ao Supremo

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, reiterou na sexta-feira (9) ao Supremo Tribunal Federal o pedido de prisão do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG). Ele também se manifestou pela manutenção das prisões da irmã de Aécio, Andrea Neves, do primo, Frederico Pacheco, e do assessor parlamentar e cunhado do senador Zeze Perrella (PMDB-MG), Mendherson Souza Lima. O procurador-geral afirma que a prisão preventiva é imprescindível para a garantia da ordem pública. Nesse caso, por que o Ministério Público Federal até hoje não fez o pedido de prisão de Lula? Segundo ele, "são muitos os precedentes do Supremo Tribunal Federal que chancelam o uso excepcional da prisão preventiva para impedir que o investigado, acusado ou sentenciado torne a praticar certos delitos enquanto responde a inquérito ou processo criminal, desde que haja prova concreta do risco correspondente". Janot afirma ainda que, "não bastasse toda essa narrativa, vislumbra-se grande probabilidade de que a lavagem de parte dos R$ 2 milhões recebidos da propina paga recentemente pela J&F com participação direta de todos os requeridos ainda esteja em curso". "O contexto narrado evidencia haver, no caso concreto, habitualidade criminosa de longa data - verdadeiro profissionalismo dos requeridos - no cometimento de crimes de corrupção passiva e de lavagem de capitais, circunstância essa que acentua sua gravidade e reforça a necessidade da prisão preventiva", argumenta. O ministro Edson Fachin negou pedido de prisão de Aécio Neves no dia 18 de maio. A Procuradoria Geral da República apresentou recurso, que ainda será analisado pelo plenário do STF. 

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