sábado, 17 de junho de 2017

Economia brasileira cresceu 0,28% em abril, diz Banco Central


A economia brasileira cresceu 0,28% em abril nas contas do Banco Central. A expectativa dos analistas era um pouco mais otimista. Previam uma alta de 0,4% do Índice de Atividade Econômica da autoridade monetária (IBC-Br), divulgado na manhã desta sexta-feira pela autarquia. Por outro lado, a autarquia revisou os dados do primeiro trimestre deste ano. O crescimento teria sido levemente melhor do que o anunciado no mês passado. Segundo o Banco Central, a atividade aumentou 1,19% e não 1,12% como divulgado. Com o resultado, o país interrompeu a sequência de vários trimestres de queda que caracterizam a pior recessão da História, dando sinais de que o pior já foi superado.

Para os economistas, o fato de o pior ter passado não significa que a recuperação será rápida. A crise política impede isso. “A economia provavelmente atingiu um ponto de inflexão durante o primeiro trimestre. No entanto, espera-se que o crescimento permaneça fraco ao longo de 2017, dada a elevada incerteza política e de política econômica e uma série de outros fatores estruturais (incluindo um mercado de trabalho fraco)”, disse o economista-chefe para a América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos. 

As previsões de que o Brasil começa a entrar numa rota de recuperação foram alimentadas pelo bom desempenho do setor de serviços. Na quarta-feira, o IBGE divulgou que houve uma alta de 1% nesse segmento, o maior da economia brasileira. Foi o melhor desempenho desde abril de 2013, o que animou os especialistas. Nos cálculos da autoridade monetária, apesar do crescimento recente, o País ainda acumula uma retração de 2,66% nos últimos 12 meses. A projeção dos analistas é que o País cresça 0,41% neste ano.

O IBC-Br foi criado pelo Banco Central para ser uma referência do comportamento da atividade econômica que sirva para orientar a política de controle da inflação pelo Comitê de Política Monetária (Copom), uma vez que o dado oficial do Produto Interno Bruto (PIB) é divulgado pelo IBGE com defasagem em torno de três meses. Tanto o IBC-Br quanto o PIB são indicadores que medem a atividade econômica, mas têm diferenças na metodologia.

O indicador do Banco Central leva em conta trajetória de variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (indústria, agropecuária e serviços). Já o PIB é calculado pelo IBGE a partir da soma dos bens e serviços produzidos na economia. Pelo lado da produção, considera-se a agropecuária, a indústria, os serviços, além dos impostos. Já pelo lado da demanda, são computados dados do consumo das famílias, consumo do governo e investimentos, além de exportações e importações. 

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