sábado, 3 de junho de 2017

Banco Central comunica indícios de crime da JBS



Antes de vir à tona a delação da JBS, que estremeceu o País, empresas do empresário bucaneiro caipira Joesley Batista ganharam uma bolada apostando na contramão do mercado. Quatro companhias do grupo J&F, dona da JBS, realizaram quase 3 bilhões de dólares em operações de câmbio e juros — que renderam um ganho de cerca de 600 milhões de reais. Essas transações chamaram a atenção do Banco Central, que encontrou indícios de crime de informação privilegiada. Por isso, conforme manda a lei, a entidade monetária enviou no último dia 29 de maio um comunicado de crime ao Ministério Público Federal de São Paulo.  Executivos do grupo J&F sabiam que as suas revelações poderiam surpreender a todos e alterar os rumos do mercado. Por isso, resolveram se antecipar. A própria empresa, que tem negócios no Exterior e dívidas atreladas ao dólar, divulgou um comunicado admitindo ter realizado operações com câmbio. Os detalhes das transações financeiras atípicas também foram enviados pela entidade monetária à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão responsável pela fiscalização do mercado de capitais, que já abriu 10 investigações ligadas ao caso JBS.  Para obter o ganho, as empresas do grupo J&F realizaram quase 3 bilhões de dólares em operações de câmbio e juros antes de vir à tona a delação da JBS. 

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