segunda-feira, 5 de junho de 2017

Apple apresenta seu computador mais poderoso, caixa de som inteligente e mais

 

Em mais de três horas de apresentação, a Apple anunciou hoje (5), no WWDC, um punhado de novidades. A grande surpresa, embora já fosse esperada por conta dos vazamentos e rumores, foi um alto-falante inteligente, o HomePod. Chamaram a atenção, também, as novas versões do iOS e macOS, um novo iPad Pro com tamanho de tela inédito e o novo iMac Pro. 


O HomePod é a resposta da Apple ao Echo, da Amazon, e ao Google Home. O dispositivo é uma caixa de som inteligente. Ele é capaz de “ler” o ambiente em que se encontra e ajustar automaticamente o áudio para ele. Outra característica do tipo é a capacidade de detectar outra unidade e trabalhar em conjunto, gerando áudio estéreo. A Siri está presente no HomePod e, graças à presença de seis microfones, pode-se falar o comando “E aí Siri” à distância que o aparelho conseguirá ouvir o usuário. Em formato cilíndrico e nas cores preto ou branco, o HomePod será lançado em dezembro, nos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, e por US$ 349,00. O iMac Pro traz configurações avançadas e é, segundo a fabricante, “o Mac mais poderoso já feito”. É, também, o mais caro dos atualmente à venda – nos Estados Unidos, ele custará a partir de US$ 4.999.00. Visualmente, a principal diferença para os iMac normais, “não Pro”, é que ele vem num prata mais escuro, quase preto. Os acessórios (teclado, que está maior e contempla um numérico) e mouse também estão na nova cor. Mas é por dentro, na parte que não se vê, onde estão as maiores mudanças. Há mais poder de processamento e memória que o até então topo de linha da empresa, o abandonado Mac Pro. O iMac Pro pode ser configurado com processador Intel Xeon de 18 núcleos e até 128 GB de RAM. Ele ainda conta com unidade gráfica de processamento Radeon Veja com até 16 GB de VRAM e a capacidade de armazenamento, do tipo SSD, chega a 4 TB. O novo computador é indicado para desenvolvedores, edição de vídeo em alta definição, aplicações de realidade virtual e pesquisa científica. O preço é um indicativo de que não se trata de algo para uso doméstico. A previsão de lançamento do iMac Pro é para dezembro. Nos Estados Unidos, o preço inicial será de US$ 4.999,00. No Brasil, não se sabe. Se a diferença proporcional do Mac Pro valer para o novo iMac Pro, o preço deverá ser bem salgado – fazendo uma regra de três simples, ele passaria de R$ 39 mil. 
Confirmando alguns rumores, a Apple anunciou o novo iPad Pro com um tamanho de tela inédito, de 10,5 polegadas. Apesar de maior (os antigos têm tela de 9,7 polegadas), as dimensões não mudaram. O truque está nas bordas, que encolheram no novo modelo. Ele traz um chip mais rápido, o A10X Fusion, que chega a ser 30% mais rápido que o A9X encontrado no iPad Pro original, e agora começa com 64 GB de espaço, contra 32 GB da versão anterior. O iPad Pro de 10,5 polegadas substitui o modelo de 9,7 e já está em pré-venda, nos Estados Unidos, por US$ 649,00. O lançamento ocorre semana que vem e, a princípio, ele sai de fábrica com o iOS 10, mas já com atualização garantida para o iOS 11, também anunciado no evento, e com recursos especiais para o iPad. Um deles é o aplicativo Files, que traz o gerenciamento de arquivos similar ao de sistemas de computadores convencionais, como o macOS, ao iOS. A outra é a Dock, a linha inferior da tela inicial do sistema, que agora pode receber inúmeros apps, e não apenas cinco, como é no iOS 10. A tela para alternar entre apps também mudou; ela contempla a Central de Controle e miniaturas de janelas a fim de exibir mais conteúdo de uma vez só. Em suma, a Apple está aproximando bastante a experiência de se usar um iPad à de computadores tradicionais. 
A Apple aproveitou o evento para anunciar novos processadores em toda a sua linha de computadores de mesa e notebooks. Até o MacBook Air, mais barato à venda e único da linha sem tela de altíssima definição, ganhou os novos chips de sétima geração da Intel. Visualmente, nada mudou – todos mantêm os mesmos designs dos anos anteriores. Na parte de software, a Apple apresentou as novas versões dos seus principais sistemas. O iOS 11, para iPhone e iPad, trará diversas modificações em áreas vitais do sistema, como a Central de Controle, que agora condensa mais opções numa espécie de grid, e a App Store, que foi totalmente reformulada e agora conta com guias de apps e telas mais informativas. A Siri também ganhou mais destaque, aprendendo com o usuário e revertendo esse conhecimento, que fica restrito aos dispositivos dele, em facilidades e sugestões diversas. Deve ser lançado em setembro. Nos computadores, o macOS High Sierra é mais um refinamento do que uma grande atualização – as maiores mudanças são de otimização. O Safari, navegador web da Apple, é um dos poucos destaques, com desempenho maior e novas ferramentas nativas de privacidade para navegação em sites. A nova versão do macOS também deve sair em setembro. Por fim, a Apple anunciou uma plataforma para realidade aumentada, que funcionará no iOS, e permitirá que desenvolvedores explorem iPhones e iPad.

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