quarta-feira, 10 de maio de 2017

Petrobras coloca refinaria de Pasadena na lista de ativos à venda


A muito corrupta estatal Petrobras incluiu na sua carteira de ativos à venda a refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, e a Petrobras Oil & Gas B.V., que detém ativos na África, informou nesta quarta-feira a petroleira estatal em um comunicado ao mercado. O objetivo da Petrobras é obter US$ 21 bilhões em parcerias e desinvestimentos no biênio 2017/2018, mesma meta anterior à inclusão de Pasadena e dos ativos da África no plano. A empresa não informou se algum unidade que estava à venda deixou de integrar tal portfólio. "A Petrobras esclarece que o seu programa de desinvestimentos é dinâmico e poderá ser alterado devido às condições de mercado e às sucessivas análises do portfólio", frisou a empresa em seu comunicado. A compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras, em 2006, levantou suspeitas de superfaturamento e de evasão de dividas. A Petrobras comprou em 2006 uma participação de 50% na refinaria de Pasadena por US$ 360 milhões. O valor é muito superior ao pago um ano antes pela belga Astra Oil pela refinaria inteira: US$ 42,5 milhões. Nos anos seguintes a Petrobras se desentendeu com a sua sócia nesse negócio, a Astra Oil, e uma decisão judicial a obrigou a comprar a participação da empresa belga. A compra de Pasadena acabou custando US$ 1,18 bilhão para a Petrobras, um valor muito superior ao que a sua sócia pagou. O caso ganhou notoriedade no noticiário político porque a compra foi realizada quando a ex-presidente da República, a mulher sapiens petista Dilma Rousseff, era presidente do conselho da Petrobras, do qual também fazia parte o barão do aço, Jorge Gerdau Johannpeter. A Petrobras tem plano de vender US$ 21 bilhões em ativos em 2017 e 2018. A lista do que está à venda não foi divulgada pela estatal, mas o diretor financeiro da estatal, Ivan Monteiro, disse em janeiro que haverá maior destaque às negociações no segmento de refinarias. A publicação da intenção de venda de ambos os ativos pela Petrobras cumpre decisão recente do Tribunal de Contas da União, que demandou uma maior transparência por parte da estatal na busca por compradores e parceiros para seus ativos. A partir da nova sistemática aprovada pelo TCU, a Petrobras deve publicar a sua intenção de vender ativos assim que ela é aprovada pela diretoria executiva. Além disso, posteriormente, deve publicar documentos com informações sobre os ativos envolvidos, o modelo de negócio e os critérios de seleção de potenciais interessados, destacou a Petrobras. Em março, a empresa apontou que deveriam entrar na nova carteira de desinvestimentos a venda de participação na BR Distribuidora; a venda da concessão dos campos de Baúna e Tartaruga Verde; a venda de participação no campo de Saint Malo, no Golfo do México; a cessão de concessões em águas rasas nos Estados de Sergipe e Ceará e a cessão de um conjunto de campos terrestres. 

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