quinta-feira, 18 de maio de 2017

Funcionários do Itamaraty dizem ter sido informados de saída do ministro Aloysio Nunes

Alguns embaixadores do Itamaraty se reuniram na tarde desta quinta-feira (18) com suas equipes para comunicarem que o ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes deixaria o cargo. A informação foi relatada por funcionários da chancelaria. Pessoas que trabalham com o ministro em seu gabinete chegaram, inclusive, a desmarcar eventos em que ele tinha presença confirmada. Se isso acontecer, Aloysio será o primeiro integrante do PSDB, aliado principal do governo de Michel Temer, a desembarcar do governo. 
 

A assessoria informou, porém, que ele não escreveu carta de demissão e que não pretende deixar o cargo. No início desta tarde, Aloysio também negou que entregaria o cargo e que o PSDB deixaria a base do governo. "Esperamos um esclarecimento desta situação. Por enquanto, não temos sequer o conhecimento dos áudios e dos vídeos. É preciso que isso venha a público. Por enquanto, o que temos são fragmentos, transcrições, e eu penso que essa questão não pode continuar assim. É preciso que o STF libere áudios e vídeos, o quanto antes, para que possamos ter a inteireza de todas as informações", disse. A declaração foi feita a jornalistas após reunião de cúpula do PSDB realizada na casa do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em Brasília, um dos alvos da operação da Polícia Federal desta quinta-feira. Outro integrante da sigla, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, falou a pessoas próximas que pretende entregar o cargo. Segundo aliados, Bruno já pensava em se desligar do governo devido à Lava Jato. Internamente, grande parte dos tucanos afirmam que o desembarque deve acontecer o quanto antes. No entanto, parte da sigla defende que é necessário ouvir os áudios que integram a delação do empresário da dupla caipira Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, para tomar uma decisão.

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