sexta-feira, 5 de maio de 2017

Dilma usou e-mail falso para alertar João Santana sobre iminente risco de prisão por parte da Lava Jato

Mulher e sócia do marqueteiro baiano João Santana, Monica Moura disse em delação premiada que a ex-presidente Dilma Rousseff e o casal tinham um e-mail com nome fictício usado para troca de mensagens sobre as investigações da Operação Lava Jato. Segundo a delatora, foi por este canal que Dilma avisou do avanço da Lava Jato em direção a eles. Foi uma clara tentativa de obstruir a ação da Justiça. Ao nomear Lula para a Casa Civil, Dilma já tinha cometido o mesmo crime. O email foi criado em 2015 porque Dilma estava preocupada com a evolução da Lava Jato e queria um canal de comunicação seguro com o casal. Monica, então, teria criado a conta. Tanto a marqueteira quanto Dilma tinham a senha. A comunicação funcionava da seguinte forma: os emails não eram enviados. Quando queriam se comunicar, escreviam e deixavam no rascunho. Liam, apagavam e respondiam no mesmo molde. Por este mail, segundo a marqueteira revelou, Dilma teria avisado ao casal que a Lava Jato estava avançando em relação a eles. Os textos eram mensagens metafóricas. Um dos exemplos dados por Monica aos investigadores da Lava Jato dizia que eles receberam uma mensagem de Dilma informando que seu amigo estava doente, em estado quase terminal, e que a mulher que sempre cuidou dele também estava doente. Para os marqueteiros, os amigos doentes eram eles, e a a mensagem cifrada era um recado de Dilma de que as investigações se aproximavam do casal. O computador com a conta de e-mail foi entregue aos investigadores da Lava Jato, foi periciado e serve de prova dos crimes delatados.

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