sábado, 27 de maio de 2017

Cerveró e Baiano confirmam achaque aos Schain para calar chantagista que ameaçava Lula pelo Caso Celso Daniel.

A propina do Banco Schain (empréstimo frio) foi de R$ 12 milhões. Parte do dinheiro foi usado para calar Ronan Maria Pinto, dono do jornal Grande ABC, que chantageou Lula e Gilberto Carvalho para calar sobre o que sabia sobre o assassinato do ex-prefeito Celso Daniel. O pecuarista Bumlai foi encarregado por Lula para a intermediação entre a Petrobrás e o grupo Schain. Os delatores da Lava Jato, Fernando Soares e Nestor Cerveró, depuseram na manhã de sexta-feira perante o juiz Sérgio Moro, em ação que investiga o pagamento de propinas na contratação e operação de dois navios-sondas da Petrobras. São réus nesta ação os operadores financeiros Jorge e Bruno Luz, pai e filho. A denúncia tem como base as investigações que geraram a 38ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Blackout. Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, disse que negociou com Nestor Cerveró e Luis Carlos Moreira da Silva, ex-gerente executivo da Petrobras, a construção dos navios-sondas Petrobras 10.000 e Vitória 10.000. O lobista também disse que a contratação da Schain como operadora das sondas foi indicação de José Carlos Bumlai, para quitar uma dívida do PT com o banco Schain. O que disse Fernando Baiano ao juiz Sérgio Moro: "A Schain surgiu nessa história de uma conversa minha com o José Carlos Bumlai sobre uma dívida que o PT tinha com o banco Schain". Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras, também confirmou que a contratação da Schain "serviu também para resolver o problema de dívida que havia de campanha do PT com a Schain". Ele disse que soube da pendência com o partido por meio de Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras.

Nenhum comentário: