quinta-feira, 11 de maio de 2017

Câmara conclui aprovação de projeto de socorro aos Estados



O plenário da Câmara dos Deputados concluiu nesta quarta-feira (10) a votação do projeto de socorro aos Estados em calamidade financeira. A medida segue, agora, para análise do Senado. O texto-base havia sido aprovado no dia 18 de abril, mas restava a análise dos "destaques" – propostas de alteração da medida. Devido à resistência da oposição, contrária às contrapartidas exigidas dos Estados pelo governo, a votação do projeto vinha sendo adiada há meses. O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ) foi novamente à Câmara, nesta quarta-feira, acompanhar a votação. O Rio de Janeiro é o primeiro da fila de interessados no socorro. O programa de socorro permite que Estados em calamidade financeira deixem de pagar a dívida com a União e com os bancos estatais por três anos. Mas, como contrapartida, eles têm que entregar um rigoroso ajuste fiscal, que prevê privatização de estatais estaduais e congelamento de salários de servidores. Apesar da aprovação, o governo sofreu uma derrota com a derrubada do aumento da contribuição previdenciária dos servidores, de 11% para no mínimo 14%, como condição para a ajuda aos Estados em calamidade financeira. O governo pretende restabelecer essa medida no Senado. Na votação desta quarta-feira foram aprovadas duas alterações, uma que preserva recursos típicos do Poder Judiciário, como verba de cartórios, e outra que permite a inclusão de outras dívidas estaduais e municipais na renegociação com o governo federal. A mudança beneficia principalmente Goiás e a cidade de São Paulo. A capital tem R$ 1,2 bilhão em dívidas que se enquadram na emenda aprovada e que deverão ser renegociadas em condições mais favoráveis do que as atuais. Apesar da aprovação, o governo sofreu uma derrota com a derrubada, há algumas semanas, do aumento da contribuição previdenciária dos servidores, de 11% para no mínimo 14%, como condição para a ajuda aos Estados em calamidade financeira. O governo pretende restabelecer essa medida no Senado. Se não conseguir, pode não fechar o acordo com os Estados após a sanção da lei. 

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