quinta-feira, 27 de abril de 2017

Marqueteiro baiano petista João Santana mostra prova do uso de dinheiro sujo na campanha de Dilma Rousseff

Em depoimento a Sérgio Moro e também ao TSE, o casal disse que recebeu caixa dois, com pagamentos da Odebrecht, por serviços prestados em campanhas eleitorais, como a de Dilma Rousseff em 2010 e 2014. A conta ShellBill não foi declarada à Receita Federal. Análise da conta Shellbill, mantida na Suiça por João Santana, revela que o marqueteiro recebeu US$ 17,6 milhões no Exterior de offshores ligadas à Odebrecht entre 2011 e 2013. A repórter da Globonews, Andréa Saadi, que revelou a informação esta tarde, disse que o documento sigiloso sobre valores foi anexado nos últimos dias à ação no Tribunal Superior Eleitoral que pede a cassação da chapa Dilma-Temer.Os valores somente começariam a chegar a partir de 18 de julho de 2011, em princípio duas vezes por semana, no valor de US$ 5 mil, para um total de US$ 15 milhões. O relatório mostra que as offshores Klienfield e Innovation foram as principais depositantes de recursos na conta Zeal/ShellBill com contribuições de US$ 9.882.208,00 e US$ 7.719.717,69, respectivamente. As duas, segundo apurado pela Lava Jato, são offshores ligadas ao grupo Odebrecht. Em 2010, João Santana e Monica Moura, sua esposa e sócia, foram responsáveis pelo marketing da campanha de Dilma Rousseff à Presidência. Em 2012, trabalharam para a campanha de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo. O documento diz que, em mensagem eletrônica, funcionários do Heritage Bank - onde a conta era mantida - falam que a conta esperava ingressos de recursos correspondentes a comissões de campanhas de marketing político e publicitárias. O relatório diz que foi ampliado a análise para o período de 19 de julho de 2011 a 1º de maio 2013 para se aproximar aos valores mencionados pelos funcionários. 

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