quinta-feira, 30 de março de 2017

Ministro Fachin mandou Polícia Federal ouvir Sarney, Renan, Jucá e Sérgio Machado

O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, ordenou que a Polícia Federal tome o depoimento do ex-presidente da República, José Sarney (PMDB-AP), dos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR) e do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. Um dos delatores da Lava Jato, Machado gravou e entregou para o Ministério Público conversas que manteve com os três peemedebistas. Em um dos diálogos, Jucá sugere um pacto para “barrar” a Lava Jato. Em razão da repercussão do caso, o parlamentar de Roraima teve de pedir demissão do Ministério do Planejamento e retornar para o Senado. Renan Calheiros divulgou nota na qual afirma que o senador considera que o depoimento será uma boa oportunidade para esclarecer os fatos e mostrar que jamais atuou para embaraçar as investigações e que todas as informações solicitadas pela Justiça serão prestadas espontaneamente, como já vem acontecendo. "Faço isso porque tenho absoluta certeza de que nunca pratiquei nenhum ato ilegal. Essa será mais uma investigação contra mim arquivada por total inconsistência", declarou Renan na nota. A pedido da Procuradoria Geral da República, Fachin autorizou, no mês passado, a abertura de um inquérito para apurar suposta tentativa dos três peemedebistas e do ex-dirigente da subsidiária da Petrobras de obstruir as investigações do esquema de corrupção que atuava na estatal do petróleo. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou na solicitação para abrir o inquérito que os políticos atuaram "para construir uma ampla base de apoio político no Congresso Nacional e aprovar mudanças na lei para prejudicar as investigações". Segundo o chefe do Ministério Público, os quatro cogitaram, inclusive, "cooptar" ministros do STF para anistiar envolvidos no esquema de corrupção que agiu na Petrobras. 

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