quarta-feira, 29 de março de 2017

Conselheiros do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro ficarão presos em penitenciárias cariocas


Os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, presos temporariamente na operação "O Quinto do Ouro", nesta quarta-feira, farão exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal e de lá deverão seguir para a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), em Benfica, onde serão encaminhados para presídios do Rio de Janeeiro. Ainda não se sabe em quais penitenciárias eles ficarão presos. No início da noite desta quarta-feira, os conselheiros ainda prestam depoimento na sede da Polícia Federal, na Região Portuária do Rio de Janeiro. Os alvos foram os conselheiros Aloysio Neves (atual presidente), José Gomes Graciosa, Marco Antônio Alencar, José Maurício Nolasco e Domingos Brazão. Este último deverá ser encaminhado para um presídio diferente, já que, ao contrário dos outros conselheiros, Brazão não possui curso superior. Além dos mandados, foram também determinados bloqueios de bens e valores dos envolvidos. O ex-presidente do TCE, Jonas Lopes de Carvalho, delator do esquema, pediu licença no final do ano passado. O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Jorge Picciani (PMDB), e o presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor), Lélis Marcos, foram alvos de condução coercitiva. Eles foram levados para depor na Superintendência da Polícia Federal e deixaram o local, sem falar com a imprensa. Eles são suspeitos de participar de dois esquemas de arrecadação de propina para fazer vista grossa para irregularidades praticadas por empreiteiras e empresas de ônibus que operam no Estado. A operação de hoje teve como principal base a delação do ex-presidente do TCE, Jonas Lopes de Carvalho Filho, e a de seu filho, o advogado Jonas Lopes de Carvalho Neto, homologadas recentemente pelo ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça, que autorizou os mandados de prisão e condução coercitiva. Um deles contra o subsecretário de Comunicação do governo estadual, Marcelo Santos Amorim.

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