sábado, 25 de fevereiro de 2017

O servilismo inútil do esquerdismo judáico

Leia este artigo do jornalista e filósofo Luis Milman, doutorado em Filosofia pela Universidade de Jerusalém - "Sobre esses judeuzinhos comunistas, ou próximos, de alguma forma, do comunismo, especialmente em sua versão cultural, que formam "núcleos judaicos" nos partidos comunistas, e participam de organizações juvenis judaicas de esquerda, como o Habonim ha Dror e a Hazit ha Noar, que adoram apoiar movimentos como o BDK e boicotar produtos e acadêmicos israelenses, uma constatação: eles são a prova viva que a esquerda se relaciona de forma fetichista com Israel, sempre condenando, com o amparo de seus judeuzinhos, a ocupação que eles apresentam como opressora na Cisjordânia. Os judeuzinhos não estão lá para discutir suas tradições culturais e religiosas com comunistas, seu papel é o de mostrar para o grande público que também há judeus que são solidários com os palestinos. Chega a ser patético o ponto a que chegam alguns deles, para se tornarem simpáticos ao mainstream hegemônico. Li, de um deles, na ocasião da lembrança do Dia do Holocausto da ONU, que dois (2) milhões de ciganos foram exterminados pelos nazistas. A cifra é um exagero daqueles que só se vêem em situações em que se pretende desvirtuar o que de específico foi feito com os judeus. Um despropósito, que se explica pela necessidade de "universalizar", ou, de modo mais adequado, desjudaizar o genocídio, alegando que não foram apenas os judeus as vítimas dos nazistas, mas toda a humanidade. Neste caso, estamos diante de uma trivialidade ou de uma mentira. Nazistas não exterminaram apenas judeus. Mas, um leitor mais atento de Mein Kampf objetaria com facilidade este argumento irresponsável. Hitler, em seu livro autobiográfico, dedicou aos judeus a maior parte de seu texto, culpando-os de todas as formas políticas e raciais que ele considerava degeneradas. Tudo o que era abjeto a ele tinha origem nos judeus, não nos ciganos nem nos homossexuais. Os judeus eram responsáveis pela crise alemã, pela decadência do Ocidente, pela democracia parlamentar, pelo bolchevismo, enfim, eram descritos não apenas como racialmente inferiores, mas como bacilos de uma tuberculose racial. Está tudo lá, basta pesquisar. Sobre os ciganos, em toda a Europa pré-Guerra, havia 800 mil deles e, destes, entre 300 e 500 mil foram mortos. Os nazistas, aliás, nem consideravam ciganos puros como passíveis de extermínio. Ele exterminaram ciganos que consideravam mestiços e nãos puros Roma ou Sinti. Uma barbárie, sem dúvida, mas coerente com a doutrina de higienização étnica hitlerista. Com os judeus o assunto era diferente: havia de se proceder a extinção total da raça judaica, a inimiga da humanidade. Propor uma simetria entre ciganos e judeus corresponde a pretender, se a afirmação é feita por um judeu, a tornar o holocausto uma questão não específica, privando o povo judeu até mesmo de sua condição de vítima de uma doutrina que, na época hitlerista, elegeu os judeus como o inimigo mais bestial a ser vencido. Hoje, ser anti-Israel, ou crítico das políticas israelenses, é uma condição para existência política destes núcleos e organizações juvenis judáicas, algumas das quais empunham bandeiras da Palestina em suas manifestações pró-paz. Imaginem o oposto: se um palestino desfraldassse uma bandeira de Irsael em uma manifestação pacífica. Ele seria linchado. Quanto aos judeuzinhos que cantam "Imagine", de John Lenon, em suas passeatas, dentro e fora de Israel, representam não menos que um fenômeno de autoflagelo, imposto para que possam habitar no mundo ideológico dominado pelo esquerdismo".


Fim da conversa no bate-papo

Um comentário:

Anônimo disse...

Errata provável: Os movimentos que o autor provavelmente se refere são o Hashomer Hatzair e o Dror Habonim (A Hazit nem se compara aos outros 2). A sigla BDK se refere a uma lista de alimentos kasher. O movimento antissionista é o BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções).