segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Equatorianos vão às urnas escolher sucessor de Rafael Correa


Os equatorianos foram às urnas neste domingo e terão de optar entre um candidato que promete preservar a plataforma populista do presidente Rafael Correa ou um dos vários candidatos mais conservadores que se comprometem a atacar a corrupção e a cortar impostos para estimular a economia. As pesquisas indicam uma disputa apertada, que provavelmente será decidida em segundo turno – mas um terço dos eleitores até recentemente se diziam indecisos. A eleição no Equador é mais um teste para os governos de esquerda da América Latina, que começaram a ser substituídos em 2015. Fora da América Latina, grande parte do interesse pelas eleições está concentrada em Julian Assange, fundador do WikiLeaks, abrigado na embaixada equatoriana em Londres. O candidato do partido no poder, Lenin Moreno, que é o sucessor escolhido por Correa, afirmou que apoiaria a permanência de Assange. Mas seu principal adversário, o ex-banqueiro Guillermo Lasso, indicou em entrevistas que iria desalojar o ativista australiano dentro de 30 dias após tomar posse. Assim como o venezuelano Hugo Chávez ungiu a Nicolás Maduro, Correa escolheu um candidato que garante que os planos de governo e lealdade ao projeto bolivariano permaneçam intactos. Apesar de ter anunciado que está cansado e que quer dedicar-se à família, que vive na Europa, Correa busca ao mesmo tempo perpetuar seu legado e deixar aberta a possibilidade de se candidatar novamente no futuro próximo. Moreno lidera as pesquisas e deve enfrentar, no segundo-turno, um dos dois candidatos com visões pró-mercado: Lasso, que perdeu as eleições de 2013 para Correa, ou a advogada Cynthia Viteri. Para ganhar o pleito no primeiro turno, um candidato precisa receber pelo menos 50% dos votos ou 40% do apoio com uma margem de 10 pontos do rival. (OE)


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