domingo, 15 de janeiro de 2017

Termina o motim em prisão do Rio Grande do Norte, com no mínimo 10 presos assassinados pelos colegas

Pelo menos dez presos que cumpriam pena na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia da Floresta, na região metropolitana de Natal (RN), morreram durante um motim, executados pelos seus próprios colegas, em guerra de quadrilhas. Segundo o governo estadual, o motim teve início por volta das 17 horas deste sábado (14) e foi contido por volta das 7h30 de hoje (15), depois que policiais entraram no estabelecimento. A situação está controlada no presídio e sem conflitos com os agentes de segurança que entraram na unidade, conforme a Secretaria de Segurança Pública. Presos feridos estão sendo levados para unidades de saúde da região. O número de feridos não foi divulgado até o momento. 


De acordo com o governo potiguar, o motim começou após uma briga entre presos de dois diferentes pavilhões, o 4 e o 5. Não há, até o momento, registros de fugas, mas os presos ainda serão recontados. O número de vítimas também pode mudar após os policiais inspecionarem as celas e outras dependências dos dois pavilhões amotinados. As autoridades estão apurando se a confusão tem relação com disputas entre facções criminosas rivais. O governador Robinson Faria afirma que já entrou em contato com ministro da Justiça, Alexandre de Moraes e pediu que a Força Nacional reforce a segurança no lado externo do presídio. A Força Nacional está no estado desde setembro do ano passado, auxiliando a Polícia Militar em ações de policiamento ostensivo. Nessa segunda-feira (9), o Ministério da Justiça e Cidadania autorizou a prorrogação da permanência da Força Nacional por mais 60 dias. A Penitenciária de Alcaçuz é considerada a maior unidade prisional do Estado. Ela é formada por cinco pavilhões e tem 5 mil e 900 metros quadrados de área construída. Alcaçuz tem um total de 620 vagas e abriga atualmente uma população prisional 1.083 presos em regime fechado. Nas duas últimas semanas, foram registradas motins, assassinatos e fugas de presos em Manaus, Boa Vista, Santo Antônio de Jesus (BA), Itamaraju (BA) e Natal. Na região metropolitana da capital amazonense, pelo menos 60 detentos foram mortos por outros presos nos dois primeiros dias do ano no interior do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) e da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP). Dias depois, 33 apenados foram assassinados na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), em Boa Vista.

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