domingo, 29 de janeiro de 2017

Prefeito de Canoas já se entendeu com a grande maioria dos vereadores da cidade

Nada de novo acontece na política brasileira. Não seria diferente em Canoas, cidade da grande Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O novo prefeito, Luiz Carlos Busato, de PTB, rapidamente "construiu" sólida maioria na Câmara de Vereadores. O PTB, seu partido, elegeu apenas quatro vereadores. É a maior bancada, junto com o PT, que também tem quatro vereadores, mas está na oposição. O PMDB, aliado de Busato, elegeu dois vereadores. No total, o prefeito tem conseguido o apoio de 15 dos 21 vereadores. Por que será que tantos vereadores dão apoio ao novo prefeito? 


Embora tenha assumido com o caixa arrebentado e esteja sendo obrigado a administrar uma herança maldita de grandes proporções, o novo prefeito de Canoas, o município mais importante da Grande Porto Alegre depois da capital (350 mil habitantes), Luiz Carlos Busato, sentou na mesa com os representantes dos servidores municipais e acertou aumento salarial para toda a categoria. Isto foi um péssimo exemplo. "Serão 1,28% em janeiro e 5% em maio, mas estes já calculados sobre os 1,28% anteriores, o que no total renderá um aumento de 6,32%", disse o novo prefeito, que até dezembro foi deputado federal do PTB e é líder do PTB no Rio Grande do Sul, onde o partido tem Sérgio Zambiasi como seu proprietário. O líder trabalhista venceu uma eleição improvável, derrotando a candidata do ex-petista e candidato presuntivo do PDT ao governo estadual, o petista Jairo Jorge. O orçamento de Canoas vai a R$ 1,6 bilhão por ano. É o quarto maior entre todos os municípios do Rio Grande do Sul. O prefeito quer se apresentar como o campeão de gastos inúteis promovidos pelo petista Jairo Jorge, mas não explica porque mantém os 24 contratos com as empresas Mecanicapina e W. K Borges, cujo proprietário, Claudiar Kras Borges, passou uma temporada no presídio de Osório, recentemente, com hospedagem bancada pelo Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul. E mantém esses contratos apesar de as empresas de Claudiar Kras Borges terem participado de fraude eleitoral em novembro, conforme documento por inquérito do Ministério Público Federal. 

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