sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Polícia Federal ficou sabendo da ida de Eike Batista para os Estados Unidos horas antes da deflagração da operação



Um dos alvos da Operação Eficiência, desdobramento da Operação Lava Jato deflagrada nesta quinta-feira, o empresário Eike Batista teria comprado às pressas a passagem que o levou há dois dias para Nova York, nos Estados Unidos. Ele teria embarcado para o Exterior com seu passaporte alemão, o que dificultou o rastreamento pela Polícia Federal. A Polícia Federal admitiu que só ficou sabendo que Eike Batista não estava no Brasil horas antes de deflagrar a operação e que o empresário não foi incluído na lista de pessoas impedidas de embarcar para evitar que ele soubesse da investigação com antecedência. A corporação ainda não trabalha com a hipótese de vazamento, o que é uma bobagem evidente.  Mesmo diante dessa informação, o delegado Tacio Muzzi afirmou que não seria “viável” aguardar uma posição sobre a situação dele por envolverem diversos outros investigados. A Polícia Federal ainda evita afirmar que houve intenção de fuga por parte de Eike Batista, mas observa que, se ele não entrar em contato em “prazo curtíssimo” para combinar a sua apresentação à Justiça, será considerado foragido. Os policiais brasileiros confirmam que a Interpol será acionada também para localizar o empresário, incluindo-o em cadastros internacionais de procurados. O receio, agora, é que, como possui passaporte europeu, Eike Batista possa tentar fugir para outro país. Pela manhã, a defesa do empresário afirmou que ele estava “viajando”, mas que se apresentaria espontaneamente. A Polícia Federal afirmou que, de fato, o advogado de Eike Batista entrou em contato com essa informação, mas, como não precisou em que país e cidade ele estaria, nada foi combinado a respeito da logística de seu retorno ao Brasil. A Polícia Federal afirmou, também, que, uma vez de volta ao País, caberá à Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro determinar o presídio para onde ele será encaminhado. Existe expectativa em torno desse ponto, uma vez que, diferentemente de outros investigados, como o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), Eike Batista não possui diploma de ensino superior. 

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