quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Inflação atinge 6,29% em 2016 e fica abaixo do teto da meta

Depois de disparar em 2015, o Índice de Preços ao Consumidor-Amplo (IPCA), a inflação oficial do País, voltou a ficar dentro da meta estipulada pelo governo e fechou o ano de 2016 em 6,29%. Em dezembro, a alta foi de 0,28%, pressionada pelo aumento do custo das passagens aéreas e da gasolina. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Pelo sistema que vigora no Brasil, a meta central para 2015 e 2016 é de 4,5%, mas, com o intervalo de tolerância existente, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida. Em 2015, o índice havia avançado 10,67%. O que mais pesou no bolso do brasileiro no ano passado foi o aumento de preços de alimentação e bebidas, com alta de 8,62%. Não foi o aumento mais forte entre todos os tipos de gastos analisados pelo IBGE, mas seu peso é o maior no cálculo do IPCA. Apesar de alguns alimentos, como feijão (-13,77%) e o leite longa vida (-3,97%), apresentarem queda nos preços, outros produtos importantes na mesa do brasileiro exerceram pressão contrária, como o farinha (46,58%), açúcar (23,6%) e frutas (22,67%) tiveram aumento expressivo. O preço de todos os grupos pesquisados pelo IBGE desaceleraram em 2016 em comparação com 2015. A exceção foi o item saúde e cuidados pessoais, com alta de 11,04%. Um ano antes, a variação havia sido de 9,23%. A maior pressão veio das mensalidades dos planos de saúde (13,55%), que teve sua variação acumulada mais alta desde 1997. Já a alta acumulada dos remédios (12,50%) foi a mais elevada desde 2000. Destacam-se, ainda, no grupo, os artigos de higiene pessoal (9,49%). 


No mês de dezembro, os principais impactos individuais vieram das passagens aéreas, com alta de 26,29% e da gasolina (1,75%) e do cigarro (4,80%). O peso destes três itens juntos foi equivalente a 73% do IPCA do mês. Em 2015, os chamados preços administrados foram os principais responsáveis pela alta da inflação no patamar de dois dígitos. Os itens cujos preços são controlados pelo governo, como energia, gasolina, gás de cozinha e plano de saúde, tiveram as altas mais expressiva e o índice oficial ficou em 10,67% nos 12 meses. As contas de energia elétrica aumentaram 51% em média.Com as fortes altas de energia, gasolina (20,10%), ônibus urbano (15,09%), taxa de água e esgoto (14,75%) e gás de botijão (22,55%), o ano de 2015 fechou com uma alta de 18,08% nos preços administrados. O índice é calculado pelo IBGE desde 1980 e se refere às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos de 10 regiões metropolitanas, além de Goiânia, Campo Grande e Brasília. No cálculo do índice de dezembro, por exemplo, foram comparados os preços pesquisados de 28 de novembro a 29 de dezembro de 2015 (referência) com os preços vigentes de 28 de outubro a 27 de novembro de 2015. (ClicRBS)

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