terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Irmão do bandido mensaleiro José Genoíno, o chefe do cuequeiro do dólar e líder do PT na Câmara, é denunciado pelo Ministério Público


A procuradoria-geral da República apresentou ao Supremo Tribunal Federal denúncia contra o líder da minoria na Câmara dos Deputados, o deputado federal José Guimarães (PT-CE), irmão do bandido petista mensaleiro José Genoíno e chefe do cuequeiro dos dólares do PT, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Alexandre Romano, conhecido como Chambinho, delator na Operação Lava Jato, contou aos procuradores do Ministério Público que o parlamentar petista havia usado sua influência política junto ao Banco do Nordeste para destravar um negócio milionário: a concessão de financiamento de 260 milhões de reais pela instituição a subsidiárias de uma empresa responsável pela construção de usinas eólicas ligada ao grupo propineiro Engevix. Em troca, José Guimarães recebeu cerca de 97.000 reais de propina em dois cheques. As investigações são um desdobramento das apurações sobre o Petrolão do PT. “O panorama probatório coletado demonstra robustamente o recebimento doloso de vantagem indevida pelo deputado federal Guimarães, mediante o pagamento de dívidas pessoais por terceiros. A propina foi recebida em razão da atuação do parlamentar perante a presidência do Banco do Nordeste do Brasil, de sua indicação e sustentação política, para viabilizar a concessão de financiamento de acordo com os interesses da empresa Engevix”, disse o procurador-geral Rodrigo Janot na peça enviada ao Supremo. Durante as investigações, Chambinho apresentou às autoridades cópia dos cheques dados ao político. No canhoto do talão, ele registrou a natureza do gasto: “despesas gerais JG”, de José Guimarães. Embora o dinheiro tenha sido enviado ao parlamentar depois dos favores escusos, o deputado petista preferiu não embolsar a propina e utilizou o dinheiro para pagar os honorários de seus advogados. Sem saber da origem dos recursos, o escritório Bottini & Tamasauskas Advogados confirmou o recebimento do dinheiro, informou que declarou a operação e já prestou todas as informações à Justiça. O outro cheque, de 67.761 reais, era a uma empresa que forneceu matéria-prima para uma gráfica contratada pelo político. 

Um comentário:

Cavallier Bus disse...

A face do submundo brasileiro.