quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Greve dos agentes penitenciários é convocatória para rebeliões e assassinatos nos presídios gaúchos


Uma série de rebeliões em presídios é registrada no Rio Grande do Sul desde a noite passada como consequência da decretação de greve dos agentes penitenciários, funcionários públicos da Superintendência dos Serviços Penitenciários. Isso é mais velho do que obrar sentado, todas as rebeliões são sempre incentivadas, produzidas, por agentes penitenciários. Agente penitenciário não pode fazer greve, são greves ilegais, porque atingem serviços essenciais prestados pelo Estado. Agente penitenciário em greve, sem motivo, deveria ser demitido instantaneamente. A Susepe confirmou que bombeiros foram acionados nesta manhã para controlar incêndio no Presídio Estadual de Bagé, onde a situação é mais tensa. Segundo a Brigada Militar, houve confronto entre presos e policiais. Há feridos, mas não há confirmação sobre o estado de saúde dos detentos. Em Charqueadas, familiares dos presos colocaram fogo em objetos nas proximidades do Complexo Prisional. O acesso ao local estava bloqueado até as 10 horas. Presos se amotinaram na Penitenciária Estadual de Charqueadas. Há feridos. A superintendência confirmou ainda que no Presídio Regional de Pelotas os detentos estão rebelados dentro da unidade. Na parte externa, familiares queimaram lixo e trancaram a Avenida Cristóvão José dos Santos. Em Encruzilhada do Sul, no Presídio Estadual, a Brigada Militar informou que presos colocaram fogos em colchões, sem confirmação de feridos. Na terça-feira, a Brigada Militar já havia sido chamada para controlar dois princípios de rebelião, em Uruguaiana e São Borja. As rebeliões são motivadas pela irritação dos presos com a paralisação dos servidores da Susepe, decretada na segunda-feira, durante a votação do pacote contra crise na Assembleia Legislativa. A greve faz com que haja suspensão e atraso da visita de familiares a detentos. Ou seja, os agentes penitenciários promovem as rebeliões, são levantes de presos produzidos pelos próprios agentes do Estado. E a greve ocorre às vésperas de Natal e Ano Novo, quando é mais sensível a situação dentro dos presídios. Além dos casos citados, em Getúlio Vargas, no Norte do Estado, quatro detentos morreram durante incêndio produzido pela queima de colchões no começo desta manhã. Outros 15 foram levados ao hospital com ferimentos.

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