sábado, 12 de novembro de 2016

Para Lula, há pacto "quase que diabólico" entre Polícia Federal, Ministério Pública, imprensa e juiz


O poderoso chefão e ex-presidente Lula fez um discurso duro contra a imprensa, delegados da Polícia Federal, procuradores do Ministério Público e o juiz Sergio Moro. O petista também desafiou seus acusadores a apresentarem provas contra ele, durante um ato, na noite de quinta-feira, em que recebeu o apoio de políticos, intelectuais e artistas. Lula ainda fez críticas ao governo de Michel Temer (PMDB), em especial à proposta de congelar, em termos reais, os gastos da União. "Tenho preocupação quando eu vejo um pacto quase que diabólico entre mídia, a Polícia Federal, o Ministério Público e o juiz que está apurando todo esse processo. A menor preocupação é com a verdade", disse Lula, durante um discurso que durou mais de meia hora e em que esteve acompanhado da mulher, a galega italiana Marisa Letícia. Em sua fala, ele voltou a dizer que não aceita a ideia de que convicções valham como provas: "Se eu disser a eles a convicção que tenho deles, vai ficar ruim". Ao atacar a Polícia Federal, disse que a instituição não poderia permitir que delegados "comprometidos ideologicamente e politicamente com determinados partidos" façam falsas acusações. "Eu não tenho que provar minha inocência, eles é que têm que provar a inocência deles na acusação que fizeram", afirmou Lula. Embora tenha agradecido aos organizadores e às pessoas que assinaram um manifesto em sua defesa, o ex-presidente disse que não se sentia "confortável" em participar do ato, mas, sim, que preferiria participar de um manifesto de acusação da força-tarefa da Lava-Jato. Segundo ele, a operação mente para a sociedade brasileira. Lula acusou ainda os meios de comunicação de mentir "descaradamente" e de forma perversa. 

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