quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Marqueteiro baiano Duda Mendonça cita caixa 2 em campanha de Paulo Skaf


O marqueteiro baiano Duda Mendonça disse ao Ministério Público Federal que recebeu da empreiteira Odebrecht, por meio de caixa dois, parte dos pagamentos de marketing realizado para a campanha de Paulo Skaf (PMDB) ao governo do São Paulo, em 2014. A declaração faz parte de uma tentativa de acordo de delação premiada que o marqueteiro está negociando com o Ministério Público Federal há cerca de dois meses. Duda optou por procurar a Procuradoria-Geral da República depois de ser informado que seu nome e o episódio relatado constarão na delação premiada da empreiteira com a Lava Jato. A Odebrecht teria repassado o dinheiro para a campanha política do então candidato peemedebista e presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para quitar despesas de marketing, por meio do Setor de Operações Estruturadas, que segundo as investigações, seria o departamento de propinas da empreiteira. Na ocasião, o marqueteiro foi representado por advogados no Ministério Público Federal por duas vezes até o momento. A aceitação da proposta de delação dependerá da relevância das informações prestadas, na opinião dos procuradores, como em todas as propostas que chegam. De acordo com a prestação de contas de Skaf em 2014 registrada no Tribunal Superior Eleitoral, a Votemim Escritório de Consultoria Ltda, de Duda Mendonça e outros sócios, recebeu sete pagamentos oficiais, totalizando o montante de 4,1 milhões de reais. A conta dos serviços de marketing da campanha, porém, ultrapassou este valor. O restante foi desembolsado para Duda por meio de caixa dois. Antes de cuidar da campanha de Skaf, Duda trabalhou na campanha presidencial vitoriosa do poderoso chefão da orcrim petista e ex-presidente Lula, em 2002. O marqueteiro foi absolvido de acusações de lavagem de dinheiro e evasão de divisas no processo do Mensalão do PT, em 2012, porque confessou o recebimento de dinheiro em conta no Exterior por meio de caixa 2. E fez o recolhimento dos impostos. Mas, parece que não aprendeu nada e resolveu praticar de novo a mesma ilegalidade. Na 35ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Omertá e deflagrada em setembro, a Polícia Federal tentou cumprir mandado de condução coercitiva de um dos diretores das empresas do marqueteiro, mas ele estava fora do País. Eugênio de Jesus Neto apareceu em relatório do Ministério Público Federal como receptor de dinheiro em espécie da Odebrecht. (Veja)

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