quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Juiz federal Sérgio Moro aceita denúncia e pronuncia o "porquinho" petista Antonio Palocci réu na Operação Lava Jato


O juiz federal Sergio Moro aceitou, nesta quinta-feira (3), a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal contra o "porquinho" petista e ex-ministro da Casa Civil, Antonio Palocci Filho, que vira réu na Operação Lava Jato, sob acusação de corrupção. O ex-ministro, preso preventivamente em Curitiba, é acusado de receber propina do grupo Odebrecht a fim de defender os interesses da empresa. Segundo a investigação, ele teria solicitado e coordenado o pagamento de R$ 128 milhões em propina pela Odebrecht, apontam planilhas apreendidas pela Polícia Federal e intituladas "Posição Programa Especial Italiano" –alcunha atribuída a Palocci. "Há razões fundadas para identificar Antônio Palocci Filho como a pessoa identificada pelo codinome 'Italiano' no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht", escreveu Moro, no despacho que acatou a denúncia. O juiz citou como evidências mensagens trocadas entre executivos da Odebrecht e anotações de suas agendas, que fazem menção ao "Italiano" e ao ex-ministro em datas coincidentes. Palocci é acusado de favorecer a empreiteira na aprovação de benefícios fiscais pelo governo e de interferir numa licitação do pré-sal da Petrobras em favor da Odebrecht, entre outros fatos. Além dele, também viraram réus o empresário Marcelo Odebrecht, o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, o casal de publicitários João Santana e Mônica Moura e outras dez pessoas. O juiz Moro destacou, no despacho, que "a avaliação das questões de fato e de direito ora feita se faz em cognição sumária e é meramente provisória", e que não há juízo de valor na decisão de aceitar a denúncia. Onze dos réus nesse mesmo processo estão em processo de delação premiada e deverão implicar Palocci poderosamente. Ele já pode se considerar um condenado a no mínimo dez anos de cadeia. Só escapará se correr e fizer uma delação premiada também. 

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