quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Pesquisa mostra que 68% da população não confiam em Michel Temer

 

Pesquisa trimestral CNI-Ibope divulgada nesta terça-feira mostra que 14% da população consideram o governo de Michel Temer ótimo ou bom; 34% avaliam ser regular e 39% entendem ser ruim ou péssimo. Comparada com a primeira avaliação do governo Temer, no início de julho e ainda interino no cargo, os números estão estáveis. No quesito "maneira de governar", 28% aprovam o atual governo, contra 31% da pesquisa passada; e 55% desaprovam, contra 53% da aferição anterior. A confiança no presidente Michel Temer se manteve também estável: 26% confiam (eram 27% antes) e 68% (eram 66% antes) não confiam. A pesquisa foi realizada entre 20 e 25 de setembro, com 2.002 pessoas em 143 municípios. O levantamento comparou o governo Temer com o da antecessora Dilma Rousseff. Aumentou de 25% para 31% a parcela da população que considera a gestão Temer pior. Essa percepção se deu principalmente entre os residentes no Nordeste e com renda familiar de até um salário mínimo. O percentual que considera o governo do peemedebista melhor subiu de 23% para 24%. Não houve grande oscilação sobre perspectiva do atual governo: 24% (eram 24%) consideram que o restante do mandato de Temer será ótimo ou bom; 30% (eram 32%) consideram que será regular; e 38% (eram 35%) entendem que será ruim ou péssimo. Entre os homens, 29% dos entrevistados confiam mais no presidente Temer, um percentual maior do que o de mulheres, que ficou em 24%. As mulheres também "superam" os homens na avaliação ruim ou péssimo do governo — são 42% delas contra 36% deles. Os mais idosos, homens e mulheres, apresentam maior confiança, chegando a 34% de quem tem 55 anos ou mais. A margem de erro da pesquisa é de 2%. O gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, entende que não houve mudança significativa nas duas pesquisas, mas ressalta que as reformas esperadas podem afetar a popularidade de Temer. "Tem espaço para melhorar, até porque (a popularidade) é baixa. O governo vai procurar nesses dois anos que restam melhorar sua aprovação e tudo isso passa pelo debate das reformas, algumas delas denominadas impopulares, como mudanças na previdência e na legislação trabalhista", disse Fonseca. O gerente disse ainda que esperaria um impacto até mais negativo na imagem do governo. "Quando se efetivou o impeachment de Dilma, aumentaram as manifestações contra Michel Temer. Esperaria até um impacto mais negativo nesse governo, até pelas eleições. Os grandes temas começarão a ser discutidos agora", afirmou.

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