domingo, 23 de outubro de 2016

Justiça determina bloqueio de repasse para o PT de São Paulo

A juíza Mariana de Souza Neves Salinas, da 31ª Vara Cível de São Paulo, determinou o bloqueio do repasse do fundo partidário do diretório nacional para o diretório paulista do PT. O bloqueio foi motivado por causa de uma ação do publicitário Valdemir Garreta, que cobra dívida de R$ 21,7 milhões referente à campanha de Alexandre Padilha ao governo de São Paulo em 2014. Na sexta-feira, um representante do escritório de advocacia que representa Garreta esteve na sede do diretório nacional para notificar o partido. Na decisão de quinta-feira, a juíza determinou a expedição de ofício determinando que o PT deposite mensalmente em juízo a parcela do Fundo Partidário cabível ao diretório estadual de São Paulo até o limite do débito (R$ 21.667.947,15) com a empresa FG Marketing Eleitoral, de propriedade do publicitário. No ano passado, o PT paulista recebeu R$ 5,4 milhões do fundo partidário. Se a média for mantida, a legenda ficaria quase quatro anos sem repasses para poder quitar o débito. O presidente do PT de São Paulo, Emídio de Souza, disse que a decisão da Justiça vai inviabilizar o funcionamento da legenda no Estado. Não haverá dinheiro para pagar aluguel da sede e o salário dos funcionários. A sigla pretende recorrer. “É um absurdo completo. O partido não tem como funcionar. O fundo partidário é para sustento do partido e não para pagar dívida eleitoral. Espero que o tribunal reveja essa decisão rapidamente”, disse Emídio. Garreta, que é ex-integrante da executiva nacional do PT, também move ação na Justiça para cobrar dívidas referentes à candidatura derrotada de Lindbergh Farias ao governo do Rio de Janeiro em 2014.

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