sábado, 8 de outubro de 2016

Governo argentino volta a aumentar preço do gás no país após bloqueio


Depois de dezenas de protestos nas ruas argentinas e de uma decisão da Corte Suprema que bloqueou o aumento do gás, o governo de Mauricio Macri voltou a aumentar, nesta sexta-feira (7), o preço do combustível. Segundo o ministro de Energia, Juan José Aranguren, a nova tarifa é, em média, 72,6% inferior à que havia sido fixada em abril e que foi anulada pela Justiça. Em junho, consumidores reclamaram que as contas haviam chegado com altas de 1.000% em comparação aos valores cobrados no início do ano. 


O incremento determinado nesta sexta-feira foi possível porque o governo realizou uma audiência pública nacional para debater o assunto, conforme os magistrados haviam exigido. Para os usuários que consomem menos gás, a alta será de no máximo 300%. A elevação poderá chegar a 400% no caso dos que gastam mais e a 500% em estabelecimentos comerciais. Em média, o governo calcula que o ajuste será de 203%.  O aumento da tarifa é essencial para a política econômica de Macri, que pretende reduzir o déficit fiscal por meio desse reajuste e ampliar os investimentos no frágil setor energético argentino. Ao mesmo tempo, ele havia se tornado uma das principais fontes de descontentamento da população. Em manifestações, os argentinos pediram a cabeça do ministro de Energia. O programa de retirada de subsídios a serviços básicos, como energia, gás e transporte, começou no fim de janeiro. Essas ajudas financeiras haviam sido implantadas durante o kirchnerismo (2003-2007) e elevado os gastos do Estado.

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