sexta-feira, 2 de setembro de 2016

STF nega pedido e Bumlai deve voltar à prisão


O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, negou o pedido da defesa do pecuarista José Carlos Bumlai para que ele continue a cumprir prisão domiciliar. Com problemas de saúde, que envolvem o tratamento de um câncer na bexiga, o pecuarista está internado em um hospital de São Paulo desde o dia 17 de agosto. Ele deveria ter retornado à prisão na terça-feira, mas ainda não recebeu alta e o retorno foi adiada para o dia 6 de setembro, terça feira da semana que vem. No habeas corpus impetrado no Supremo, os advogados do pecuarista pediam para que ele continuasse a cumprir prisão domiciliar em razão do “estado indiscutivelmente debilitado do paciente”. Aos 71 anos, José Carlos Bumlai é próximo do ex-presidente Lula. Ele é acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e crimes financeiros no empréstimo de 12 milhões de reais do Banco Schahin ao PT, em 2004. O empresário foi preso preventivamente, por ordem do juiz Sergio Moro, em novembro de 2015, na Operação Passe Livre, 21ª fase da Lava Jato. Em março, a pedido da defesa de Bumlai e contrariamente à manifestação do Ministério Público Federal, Moro concedeu prisão domiciliar para que o pecuarista tratasse o tumor. Durante o tratamento, o pecuarista passou por uma cirurgia cardíaca e teve a prisão domiciliar ampliada até 19 de agosto. A defesa de Bumlai pediu nova ampliação do prazo e a Procuradoria da República se manifestou de maneira contrária. Desta vez, Moro também negou a prorrogação da prisão domiciliar do pecuarista e ordenou que Bumlai se apresentasse à Polícia Federal.

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