quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Polícia Federal investiga 14 advogados e 3 desembargadores por corrupção no Ceará


A Polícia Federal deflagrou em Fortaleza, nesta quarta-feira (28), operação para execução de 19 mandados de busca e apreensão e 24 mandados de condução coercitiva, todos expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça. A operação investiga o esquema criminoso de decisões judiciais do Tribunal de Justiça do Ceará. Ao todo, 14 advogados, 2 desembargadores na ativa e um desembargador aposentado são alvos da operação, chamada Expesso 150. As buscas estão sendo feitas nas residências dos investigados, em escritórios de advocacia e em dois gabinetes de desembargadores do Tribunal de Justiça do Ceará. A decisão do STJ foi divulgada pela Justiça Federal do Ceará na tarde desta quarta-feira (28), com a citação dos 17 investigados na Operação. Confira a lista:
Sérgia Maria Mendonça Miranda (desembargadora)
Francisco Pedrosa Teixeira (desembargador)
Paulo Camelo Timbó (desembargador aposentado)
Michel Sampaio Coutinho (advogado)
Carlos Eduardo Miranda de Melo (advogado)
Fernando Carlos Oliveira Feitosa (advogado)
Jessica Simão Albuquerque Melo (advogada)
Mauro Junior Rios (advogado)
Marcos Paulo de Oliveira Sá (advogado)
Eduardo Sérgio Carlos Castelo (advogado)
Éverton de Oliveira Barbosa (advogado)
João Paulo Bezerra Albuquerque (advogado)
Emília Maria Castelo Lira (advogada)
Adailton Freire Campelo (advogado)
Eresmar de Oliveira Filho (advogado)
Liliane Gonçalves Matos (advogada)
Emanuela Maria Leite Bezerra Campelo (advogada)
Os mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva foram determinados pelo ministro Herman Benjamin. O magistrado acatou parte da representação feita pela Polícia Federal, baseada no que o órgão define como “firmes indicativos de conluio entre advogados e desembargadores, visando às liberações de criminosos, através da concessão de liminares em habeas corpus impetrados, principalmente, durante os plantões judiciais”. A partir da análise de materiais apreendidos na 1ª fase da operação, em junho de 2015, os investigadores identificaram núcleos criminosos “onde se vislumbrou fartas evidências sobre as negociatas das decisões”, informou a Polícia Federal em nota. O bloqueio das contas do desembargador aposentado e de um advogado investigado também foi determinado pela Justiça. Segundo a Polícia Federal, a venda de liminares beneficiou mais de 300 pessoas, incluindo a inclusão de nomes nos quadros da Administração Pública e no cargo de soldado da Polícia Militar do Estado que não foram aprovados em concurso público, entre os anos de 2011 e 2012. Os crimes investigados são associação criminosa, corrupção passiva, tráfico de influência, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Cerca de 110 policiais federais participam da operação. 

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