quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Apesar da maré desfavorável, Eduardo Cunha e aliados articulam pena alternativa

 

Apesar da maré desfavorável, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e seus aliados continuam articulando uma forma de aprovar em plenário uma pena alternativa à cassação do mandato. A maioria absoluta dos deputados federais já declarou que votará pela cassação do mandato do peemedebista, na sessão marcada para a próxima segunda-feira, 12 de setembro. Até o início da noite de quarta-feira, 267 parlamentares declararam que dirão sim à perda de mandato do parlamentar — dez a mais que os 257 necessários. Os aliados de Cunha, porém, usam como argumento o julgamento no Senado da mulher sapiens petista e ex-presidente Dilma Rousseff, que a tirou da presidência, mas deixou-a elegível para cargos públicos. Caso a tese do fatiamento prospere, pode haver mudança no caso de Edardo Cunha: entre os que não definiram sua posição sobre a cassação do mandato do peemedebista. Vários dizem que concordariam com uma pena mais branda ou com a manutenção dos direitos políticos dele. A votação do impeachment deu novo ânimo aos defensores do deputado, que agora entendem que são possíveis emendas e destaques ao relatório aprovado no Conselho de Ética. Caso esse entendimento prevaleça, pode ser aprovada uma pena mais branda, como a suspensão do mandato por meses ou a cassação, sem a perda dos direitos políticos por oito anos. Na quarta-feira, Cunha passou o dia em telefonemas para deputados.

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