terça-feira, 30 de agosto de 2016

Vice-procuradora geral da República é contra o impeachment, acha que é golpe, é petista, ativista em manifestações contra Temer e o "golpe"



Para a vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko Volkmer de Castilho, o processo de impeachment da mulher sapiens petista e presidente afastada Dilma Rousseff, agora em fase final no Senado Federal, é "golpe". Número dois de Rodrigo Janot, Ela Wiecko participou em junho passado, em Portugal, de uma manifestação que pedia “Fora Temer” e denunciava o suposto "golpe" em curso no Brasil. A participação da procuradora no ato foi revelada nesta terça-feira pelo site de VEJA. Em entrevista por telefone, ela disse ter ido ao ato como cidadã, e não como procuradora. Em seguida, reforçou a crítica ao processo contra Dilma: “Eu acho que, do ponto de vista político, é um golpe, é um golpe bem feito, dentro daquelas regras”. Recentemente, foi o marido de Ela Wiecko, Manoel Lauro Volkmer de Castilho, quem protagonizou outra polêmica. Ele era um dos principais assessores do ministro Teori Zavascki, relator dos processos do Petrolão do PT no Supremo Tribunal Federal, e acabou obrigado a pedir demissão após a descoberta de que assinara um manifesto em favor do poderoso chefão da Orcrim petista e ex-presidente Lula.  A VEJA, Ela Wiecko disse que não está satisfeita com a chegada de Michel Temer à Presidência da República. E, cometendo uma inconfidência, ela explica um dos motivos de sua resistência ao peemedebista: o fato de ele estar entre os alvos das delações premiadas em tramitação na Procuradoria-Geral da República. “Eu estou incomodada com essas coisas que estão acontecendo no Brasil. Acho que não foi da melhor forma possível. E pelas coisas que a gente sabe do Temer, não me agrada ter o Temer como presidente. Não me agrada mesmo. Ele não está sendo delatado? Eu sei que está. Eu não sei todas as coisas a respeito das delações, mas eu sei que tem delação contra ele”. A seguir, a entrevista de Veja:  
Em um vídeo a senhora aparece numa manifestação que chama o processo de impeachment de golpe? O que a senhora pode dizer a respeito?
Eu estava de férias, em um curso como estudante. É isso. 
Há quem considere que é difícil dissociar a posição de vice-procuradora geral da República de uma situação como essa. 
Eu não posso falar nada? Não posso ter nenhuma liberdade de manifestação? (Isso) é um pouco exagerado, né? E eu fui discreta, eu estava junto (dos manifestantes), não tive nenhum protagonismo maior. Eu estava de férias. (Isso) é um patrulhamento que impede a pessoa de ser o que ela é, de pensar. 
A senhora partilha da opinião de que o processo de impeachment é um golpe?
Eu acho que, do ponto de vista político, é um golpe, é um golpe bem feito, dentro daquelas regras. Isso a gente vê todo dia, é parte da política. 
Seria, então, um golpe com participação da Suprema Corte e da própria Procuradoria-Geral da República, da qual a senhora faz parte?
Aí tem que ser uma conversa muito mais comprida. 
Mas a senhora vê irregularidades no processo?
Você está me perguntando como procuradora da República ou como cidadã? Eu posso falar até claramente, mas não vou falar por telefone. 
A senhora se arrepende de ter participado do ato?
Não, não me arrependo. 
Havia outras autoridades ali?
Não. Eu estava ali como estudante, de férias. É um curso de verão, de Sociologia Jurídica, com o professor Boaventura. Tinha gente de outros países também. 
A idéia de fazer a manifestação surgiu na sala de aula?
Eu não fui a organizadora. 
Como a senhora recebe a repercussão dessa situação? Isso lhe constrange dentro do Ministério Público?
Tem muita gente que pensa como eu dentro da instituição. Eu estou incomodada com essas coisas que estão acontecendo no Brasil. Acho que não foi da melhor forma possível. E pelas coisas que a gente sabe do Temer, não me agrada ter o Temer como presidente. Não me agrada mesmo. Ele não está sendo delatado? Eu sei que está. Eu não sei todas as coisas a respeito das delações, mas eu sei que tem delação contra ele. Então, não quero. Mas as coisas estão indo. 
O que a senhora pensa do Temer exatamente?
Eu vou cortar a conversa aqui. Se quiser conversar comigo, tem que conversar olho no olho. Não vou ficar falando por telefone. 
A senhora pode nos receber?
Vou ver como está minha agenda, porque estou com muitos compromissos. Agora mesmo estou indo para uma sessão no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Não sei a que horas vai terminar. 
O sociólogo Boaventura de Souza Santos, com o qual a procuradora Ela Wiecko foi fazer "curso de férias" em Portugal é um notório filopetista, principal ideólogo do Forum Social Mundial, uma criação do PT e do Foro de São Paulo para se antepor ao Foro de Davos. Fica público em qual fonte teórica ela bebe. É evidente que essa senhora não pode mais continuar atuando pela Procuradoria Geral da República, porque é comprometida política e ideológiamente com o petismo e seus assemelhados. Não pode, de maneira alguma, atuar em processos envolvendo o Petrolão do PT, a Lava Jato.  

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