terça-feira, 23 de agosto de 2016

STF julga denúncia contra Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo dia 30

 

Está marcado para o dia 30, no Supremo Tribunal Federal, o julgamento da denúncia contra a senadora petista Gleisi Hoffmann, a Narizinho, ou Barbie petista, o marido dela, o ex-ministro petista Paulo Bernardo, e o empresário Ernesto Kugler. Se a maioria dos cinco ministros que integram a turma aceitar a denúncia, os investigados passarão à condição de réus em uma ação penal. O tribunal também pode simplesmente arquivar o caso, por falta de provas suficientes para justificar a continuidade das investigações. Segundo a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a campanha de Gleisi ao Senado em 2010 recebeu R$ 1 milhão do esquema de desvios de dinheiro da Petrobras. Há indícios de que o dinheiro teria sido entregue pelo doleiro Alberto Youssef. A quantia teria sido paga em quatro parcelas a Kugler, a pedido de Gleisi e do marido. Gleisi foi ministra da Casa Civil no governo de Dilma Rousseff entre junho de 2011 e fevereiro de 2014. Paulo Bernardo foi ministro do Planejamento no governo Lula, de 2005 a 2011, e das Comunicações no governo Dilma, de 2011 a 2015. Assim como Kugler, o casal é suspeito de ter cometido corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O casal foi citado na Lava-Jato em delações premiadas de Yousseff e do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Em seguida, veio a delação do advogado Antônio Carlos Fioravente Pieruccini, que detalhou como o dinheiro teria sido repassado para a campanha de Gleisi. Em depoimento ao Ministério Público Federal, Pieruccini afirmou ter transportado R$ 1 milhão de São Paulo para Curitiba, a pedido de Yousseff. O doleiro teria dito que a destinatária final do dinheiro era a campanha da petista. Pieruccini disse que as entregas ocorreram em uma sala de propriedade de Ernesto Kugler, localizada em shopping de Curitiba. Pieruccini teria levado uma caixa lacrada com a inscrição “P.B./Gleisi”. Ainda segundo Pieruccini, Kugler contou as notas, em um total de R$ 250 mil e disse que o valor “não dava nem para o cheiro”. Teriam ocorrido outras três entregas no mesmo molde, segundo o delator.

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