sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Polícia de São Paulo indicia Patrícia Lelis por calúnia e extorsão no caso de falso denúncia de sequestro


A polícia civil de São Paulo indiciou a estudante de jornalismo Patrícia Lelis por denunciação caluniosa e extorsão no caso em que ela acusa o assessor do deputado federal Pastor Marco Feliciano, Talma Bauer, por sequestro e cárcere privado. O caso é independente à acusação que a jovem faz contra Marco Feliciano por estupro qualificado e agressão, que corre em Brasília porque o parlamentar tem foro privilegiado. O delegado titular da 3ª Delegacia de Polícia Civil de São Paulo e responsável pelo caso, Luís Roberto Hellmeister, disse que ao final do inquérito vai pedir a prisão preventiva da jovem. "Ao término do inquérito vou pedir a preventiva dela", disse. Os advogados de defesa pediram cinco dias para Patrícia Lelis fazer aditamento do depoimento que prestou no último dia 5. Na ocasião, Patrícia afirmou à polícia que estava sendo mantida sob coação e ameaça de Bauer porque pretendia denunciar Marco Feliciano por estupro qualificado e agressão. A parte em que ela acusa o parlamentar é investigada em Brasília, onde ela prestou um segundo depoimento. Em São Paulo, a investigação se concentra na acusação de sequestro e coação supostamente cometida por Bauer contra a jovem. No primeiro momento, Hellmeister chegou a cogitar a prisão temporária do assessor de Marco Feliciano, mas voltou atrás quando passou a ouvir novas testemunhas e obter provas que descaracterizavam a situação de sequestro. Entre elas está um vídeo em que Patrícia Lelis e o assessor de Marco Feliciano aparecem negociando o silêncio da jovem. Na quinta-feira, 18, o delegado ouviu duas novas testemunhas, entre elas o ex-namorado de Patrícia Lelis, Rodrigo Simonsen. Ele afirmou à polícia que entre os dias 30 de julho e 5 de agosto, período em que ela esteve em São Paulo, dormiu quatro noites com ela em um hotel no centro de São Paulo. "Ele disse que nestes quatro dias não encontrou Bauer", disse o delegado.

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