segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Marina, a maior farsante da política brasileira, petistas à parte, volta com a sua cascata

Ela se diz favorável ao impeachment, mas seu homem no Senado é o mais ativo combatente contra a saída de Dilma; consegue ser mais convincente do que os petistas

Por Reinaldo Azevedo - Petistas à parte, Marina Silva, a líder espiritual da Rede, é a mais notável farsante da política brasileira. É o PT clorofilado, com Banco Central independente, o que atrai a simpatia de liberais do miolo mole. A ex-senadora defendeu na sexta-feira o impeachment de Dilma Rousseff. Segundo ela, o processo contra a petista irá “passar o Brasil a limpo”. Questionada sobre a frase de Lula, de que esta é “a semana da vergonha nacional”, Marina disse que o processo é saudável à democracia e está previsto na Constituição. As declarações da principal líder do partido Rede Sustentabilidade foram concedidas em coletiva de imprensa no Paraná, onde esteve para fazer campanha em favor de Requião Filho (do PMDB) e Aliel Machado (da Rede), respectivamente, às prefeituras de Curitiba e Ponta Grossa. Então vamos ver. Tão logo a denúncia foi protocolada na Câmara, lá atrás, Marina atacou o impeachment. Seu partido chegou a registrar isso em documento. Quando percebeu que a questão havia ganhado as ruas, a nossa Santa da Floresta começou a tergiversar. Quando se deu conta de Dilma não tinha mais salvação, então passou a ser defensora da deposição da Afastada. Mas e os seus homens no Congresso? O tal Aliel, para quem está fazendo campanha em Ponta Grossa, era membro da Comissão do Impeachment da Câmara. Votou contra. Na Casa, a Rede tinha quatro votos: dois deles foram em favor da permanência de Dilma. No Senado, o mais ativo militante contra o impeachment de Dilma é Randolfe Rodrigues (AP), também da Rede. Vale dizer: na Câmara, 50% dos parlamentares da legenda foram contra a deposição da Afastada; no Senado, 100%. Mas Marina Silva, ah, bem…, ela vai se candidatar à Presidência em 2018. Não fica bem, agora, aparecer ao lado de Dilma. Mas ela também não quer conversa com o governo Temer. Até aí, que se declare na oposição. Mas o ponto não é esse. Marina voltou a defender a convocação de novas eleições, o que ela sabe ser inconstitucional. Para encerrar: estar com a candidatura de Requião Filho implica se alinhar com Requião pai, um dos mais ativos militantes contra o impeachment. E homem que notoriamente não gosta de conviver com o contraditório e com uma imprensa livre. Escrevo sobre Marina porque, afinal, ela está por aí! Mas que tédio! Que preguiça!

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