quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Ex-líder dos governos Lula e Dilma, Vaccarezza deixa PT e apóia Celso Russomanno em São Paulo

 

Ex-líder dos governos do ex-presidente Lula e da presidente afastada Dilma Rousseff, o ex-deputado federal Cândido Vaccarezza formalizou nesta terça-feira o seu desligamento do PT. Vacarezza, que não conseguiu se reeleger à Câmara dos Deputados em 2014, vai se engajar na campanha do candidato do PRB a prefeito de São Paulo, Celso Russomanno. "Vou ajudar na campanha. Para mim, ele é o melhor candidato", disse. O ex-deputado afirmou que conversou na última sexta-feira com o presidente nacional do PT, Rui Falcão, para explicar os motivos de sua saída: "Minhas divergências com o PT são antigas, principalmente com a Dilma".  No ano passado a Polícia Federal indiciou o ex-deputado em meio às investigações da Operação Lava-Jato, por recebimento de propina derivada de contratos da Petrobras. O inquérito apontava indícios de corrupção passiva dos três políticos. Segundo o documento, Vaccarezza teria recebido em seu apartamento, em São Paulo, valores do doleiro Alberto Youssef, personagem central da Lava-Jato, a mando do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, para a sua campanha à Câmara de 2010. O inquérito contra o petista foi arquivado. No PT, mais do que a saída da legenda, o que causou perplexidade foi a união do ex-líder com Russomanno. "O Vacarezza perdeu o eixo", afirmou nesta terça-feira um integrante da campanha do prefeito Fernando Haddad à reeleição. Russomanno comemorou o apoio de Vaccarezza, a quem se referiu como um amigo e bom médico. O candidato a prefeito de São Paulo evitou falar sobre o fato de o ex-deputado ter saído do PT ou sobre ser citado em investigações da Lava-Jato. "Você não pode negar pessoas que querem te apoiar. Qualquer apoio é bem-vindo para melhorar a cidade de São Paulo". Ao ser perguntado se tinha afinidade política com Vaccarezza, respondeu que trabalharam juntos na Câmara dos Deputados, onde ficaram amigos: "Ele é bom médico. Ele saiu da Câmara e voltou para atender numa UBS. Poucos fazem isso. Ele sabe o que acontece na ponta, o que a população precisa na área da Saúde".

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