quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Dilma diz que PT precisa reconhecer erros e passar por "transformação", ela atira todas suas barbaridades nas costas do partido


A presidente afastada, a mulher sapiens petista Dilma Rousseff, afirmou que seu partido, o PT, precisa passar por uma "grande transformação" e reconhecer erros cometidos do ponto de vista ético e "do uso de verbas públicas". "Eu acredito que o PT precisa passar por uma grande transformação. Primeiro, uma grande transformação em que se reconheça todos os erros que cometeu do ponto de vista da questão ética e da condução de todos os processos de uso de verbas públicas", disse Dilma em entrevista à revista "Fórum" nesta terça-feira (2), no Palácio da Alvorada, em Brasília. A petista afirmou que a atitude é necessária para manter o legado do partido, segundo ela, formado por uma "corrente imensa de experiências políticas que deram sua contribuição para esse País". Ela ressaltou que as falhas foram cometidas por algumas pessoas, e não por toda a entidade. "Nós vamos ter de resgatar isso, o legado. Não é possível que se confunda o erro individual de algumas pessoas, que são passíveis de erros, com o erro de uma instituição. A instituição tem de ser preservada", disse. "O PT tem sobrevida se as suas lideranças souberem fazê-lo seguir em frente", acrescentou. Nos últimos dias, Dilma voltou a responsabilizar o PT pela suspeita de pagamentos de caixa dois para o marqueteiro baiano João Santana, afirmando que ele cobrou dívidas da sua campanha de 2010 para a tesouraria da sigla. Em depoimento à Justiça, Santana e sua mulher, Mônica Moura, afirmaram ter recebido ilicitamente US$ 4,5 milhões para compensar uma dívida do partido com o casal. Segundo eles, em 2013, o então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, os orientou a procurar o engenheiro Zwi Skornicki, que tinha negócios com a Petrobras e efetuou o pagamento. "Santana diz que recebeu isso em 2013. Ora, a campanha começa em 2010 e até o final do ano, antes da diplomação, ela é encerrada. A partir do momento em que ela é encerrada, tudo o que ficou pendente de pagamento da campanha passa a ser responsabilidade do partido", disse Dilma no último dia 27: "Como disse o próprio João Santana, com quem ele tratou essa questão foi com a tesouraria do PT". As afirmações desagradaram a membros da legenda. Apesar disso, o presidente do partido, Rui Falcão, divulgou na segunda-feira (1º) uma nota em que afirmou "repudiar" a idéia de que o partido teria abandonado a presidente afastada na defesa contra seu processo de impeachment. Na nota, publicada no site do partido, Falcão disse que o partido "reafirma seu compromisso integral na luta pelo retorno à Presidência da companheira Dilma". Na entrevista desta terça-feira, Dilma voltou a chamar o seu processo de impeachment de "golpe" – segundo ela, capitaneado por um grupo integrado pela oposição tradicional, pelo PMDB, pela "grande mídia" e pelo empresariado. Questionada sobre como quer ser lembrada após a Presidência, Dilma afirmou ter esperança de não ser cassada no processo atualmente em curso no Senado. "Eu serei lembrada como a primeira mulher presidente. Mas eu quero ser lembrada como a primeira mulher presidente que superou um processo de impeachment sem base legal. Essa é a minha esperança", disse a mulher sapiens petista.

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