quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Corte dos Estados Unidos suspende andamento de ação coletiva contra a Petrobras


A Petrobras informou nesta terça-feira (2) que a Corte Federal de Apelações do Segundo Circuito, dos Estados Unidos, determinou a suspensão da ação coletiva e das ações individuais por perdas relacionadas à Operação Lava Jato. A decisão responde a recurso da companhia, que questiona as definições de classe de acionistas determinadas pelo juiz de primeira instância, Jed Rakoff. Os investidores pedem ressarcimento pela perda de valor das ações após a descoberta do esquema de corrupção na estatal. Rakoff decidiu que investidores que compraram ações da Petrobras entre julho de 2010 e janeiro de 2015, além daqueles que negociaram títulos da dívida da empresa em 2014 e 2015 poderiam se juntar à ação contra a empresa. A definição das classes de acionistas definirá o tamanho da indenização, caso a empresa perca a ação nos Estados Unidos. Os processos nos EUA são vistos por analistas como um obstáculo ao trabalho da estatal para sair da crise financeira, já que uma eventual derrota pode custar bilhões de dólares. Em sua defesa, a Petrobras vem alegando que também foi vítima do esquema de corrupção. Com a decisão desta terça-feira, está suspenso o julgamento do processo na primeira instância, inicialmente agendado para o dia 19 de setembro, até que a Corte Federal de Apelações decida sobre o recurso relacionado às classes. "A decisão fortalece os argumentos de defesa da Petrobras", disse, por meio de nota, a gerente executiva do departamento jurídico da Petrobras, Taísa Maciel. "Sobre o mérito da ação, é importante deixar claro que a Petrobras foi vítima de um cartel, o que já é reconhecido pelas autoridades brasileiras que conduzem a Operação Lava-Jato", defendeu a executiva.

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