quarta-feira, 27 de julho de 2016

Terrorista islâmico e ex-preso de Guantánamo que tentou entrar no Brasil é preso na Venezuela


O terrorista islâmico sírio Jihad Diyab, ex-prisioneiro de Guantánamo e que estava desaparecido havia pouco mais de um mês, após desaparecer do Uruguai, foi detido nesta terça-feira (26) pelo Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional da Venezuela, o Sebin. O motivo ainda não foi revelado pelo governo venezuelano. Ele portava um passaporte para refugiados emitido pelo Uruguai, uma carteira de identidade daquele país e uma caixa de remédios. 


No momento da prisão em solo venezuelano, Diyab aparentava estar debilitado, se locomovendo com a ajuda de muletas e bastante magro. Ele ficou conhecido das autoridades brasileiras depois de tentar entrar no Brasil em pelo menos duas ocasiões. Ainda não se sabe como o sírio chegou à Venezuela. A agência russa de notícias Sputnik sustenta, porém, que ele foi de ônibus e, no trajeto, passou pelo Brasil. A Polícia Federal negou essa informação. Diyab foi capturado em 2002, no Paquistão, por suspeitas de ligação com a rede terrorista Al Qaeda. Passou 12 anos preso em Guantánamo e, em 2014, recebeu autorização para viver no Uruguai, junto com outros cinco ex-prisioneiros. Pouco após a divulgação de que ele estava desaparecido, autoridades uruguaias chegaram a informar que Diyab havia cruzado a fronteira com o Brasil, mas não há registro da entrada dele. Um representante da Polícia Federal disse que o sírio foi barrado no posto de controle da cidade de Chuí, no Rio Grande do Sul, separada apenas por uma avenida do município de Chuy, no norte do Uruguai. Em pelo menos uma das duas tentativas o ex-prisioneiro teria sido barrado porque o nome dele ainda constava na lista internacional de suspeitos de ligação com o terrorismo. Na época, ele alegou que faria uma palestra no Brasil. Diyab foi o ex-prisioneiro de Guantánamo que chegou ao Uruguai mais debilitado, após ter feito uma longa greve de fome na prisão americana para terroristas islâmicos. Na ocasião, o sírio foi submetido a alimentação forçada, por meio de sondas, na prisão – o que fez com que seus advogados entrassem com um processo contra o governo americano. Tanto a Polícia Federal quanto o Ministério da Justiça brasileiros foram comunicados sobre a prisão de Diyab na tarde desta quarta-feira. 

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